Uma fala recente do papa Francisco deu o que falar nas redes sociais. Na última quarta-feira (08/06), depois de saudar casais que celebram 50 anos de matrimônio, o papa disse “não se pode encerrar uma festa de casamento bebendo chá”. O pontífice ainda acrescentou: “Seria uma vergonha. O vinho é necessário para uma festa”, afirmou o chefe da Igreja Católica na tradicional audiência geral, no Vaticano, diante de 20.000 fiéis que lotaram a Praça São Pedro.
Francisco também elogiou os casais que estão há meio século juntos e ressaltou que eles são exemplos para os jovens. “Esse sim é que é o vinho bom da família, o vosso é um testemunho que os jovens casais devem aprender. Obrigado pelo vosso testemunho”, disse.
Durante seu discurso na audiência geral, o papa também recordou trechos do Evangelho e falou sobre o primeiro sinal de misericórdia de Jesus nas bodas de Caná e sobre a transformação da água em vinho. De acordo com o sumo pontífice, o primeiro milagre de Jesus “indica a transformação da antiga Lei de Moisés no Evangelho portador da alegria”. “Em Caná os discípulos de Jesus se tornam a sua família e nasce a fé da Igreja. Àquelas núpcias todos nós somos convidados, para que o vinho novo não venha mais a faltar”, comentou.
Álcool
A fala gerou repercussão entre religiosos, por que, em algumas denominações cristãs, em especial as de origem protestante, o consumo de bebidas alcoólicas é mal vista, sendo ensinado como um hábito a ser evitado. Na tradição católica contudo, não há essa restrição. O vinho, inclusive, é substância indispensável para a celebração de missas. No islamismo, o consumo de álcool também é proibido.
Garrafas de bebidas tradicionais de cada nação são presentes comuns oferecidos ao pontífice em visitas de chefes de estado. Em 2014, por exemplo, além das garrafas de vinho entregues pelo primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, o papa também recebeu da rainha britânica, Elizabeth II, garrafas de whisky escocês (foto abaixo).