Foto: L'Oservatore Romano
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O papa Francisco lamentou durante uma conversa com bispos da Polônia que as crianças aprendam na escola que é possível escolher seu gênero. As afirmações foram feitas na semana passada, durante a visita do Papa a Cracóvia, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude.

Ao responder a uma pergunta sobre a situação dos refugiados na Europa, Francisco falou que a origem do problema é a “exploração de pessoas” e que “estamos vivendo um momento de aniquilamento do homem como imagem de Deus”. Segundo ele, por trás disso há uma “colonização ideológica” em diversos países, como na Europa, América Latina, África, nos Estados Unidos e alguns países asiáticos. A questão do gênero, ensinado como algo mutável e volúvel, foi citada como um exemplo desta “colonização”.

“Uma colonização – eu vou dizer isso claramente com nome e sobrenome – é o gênero”, disse. “Hoje as crianças – as crianças! – na escola se ensina isso: que cada um pode escolher o sexo. E por que ensinar isso? Porque os livros são daquelas pessoas e instituições que lhe dão dinheiro. É a colonização ideológica, também apoiada pelos países influentes. E isso é terrível”, acrescentou o Papa, sem se aprofundar no tema.

Tema recorrente

Não é a primeira vez que Francisco expõe publicamente sua preocupação com a chamada “ideologia de gênero“. Em março de 2015, num discurso aos jovens de Nápoles, o papa se referiu ao controverso conceito sexual dizendo que “a ideologia de gênero é um erro da mente humana que provoca muita confusão”. Também em 2015, no voo que o levou de Manila, nas Filipinas, a Roma, o pontífice criticou políticas educacionais que impõe como condição de financiamento a adoção de livros que ensinem a “flexibilidade” de gênero, tal como proposto por ideólogos da área.

 

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