É importante deixar a bolsa maternidade pronta com antecedência para garantir mais tranquilidade à gestante nos dias do parto| Foto: Bigstock
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As contrações começam, ficam mais fortes e se repetem a cada cinco minutos. Nesta fase, não há mais tempo de separar roupinhas perfeitas para o bebê, organizá-las em saquinhos plásticos ou conferir se todos os itens necessários para a mãe e o pai durante o internamento estão separados.

Por isso, é importante deixar a bolsa de maternidade pronta com antecedência, higienizar tudo com calma e fazer uma lista com produtos essenciais para os dias no hospital, sem exageros. “Eu, por exemplo, comecei a organizar isso com 37 semanas”, conta a paranaense Leticia Diniz.

Mãe do pequeno Matias, ela pesquisou a respeito dos itens necessários para o internamento e deixou para colocá-los na bolsa quando a médica mostrou o tamanho previsto do bebê e a possível data do parto. “Aí, com o peso médio que ele teria e sabendo que ainda demoraria para chegar, tive tempo para organizar a mala mais perto da data”, relata a paranaense, que entrou em trabalho de parto com 41 semanas.

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Só que nem todas as gestantes chegam a esse período da gravidez e, por isso, é importante que a mulher verifique durante as consultas de pré-natal se corre risco de ganhar o bebê antes da hora.  “Principalmente se for uma gestação gemelar ou se ela já apresentou alguma intercorrência ou sinal de antecipar o parto”, aponta a médica obstetra Helena Amorim, que aconselha a preparação da bolsa maternidade antes da 34ª semana.

E, para não esquecer nada e saber quais são os cuidados necessários com cada item colocado na bolsa, o Sempre Família preparou algumas dicas que vão ajudar nesse momento tão especial.  Veja quais são:

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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  1. Faça uma lista com os itens para o bebê

    Saber quantas peças de roupa, mantas e itens de higiene serão necessários é importante para evitar o exagero na hora de organizar a bolsa da maternidade. Então, tenha em mente que o bebê passará ao menos 48 horas no hospital e precisará de algumas trocas de fraldas e roupinhas nesse período, de acordo com a estação do ano em que nascer. Abaixo está uma lista que pode ajudar:
    - 1 cobertor ou manta
    - 4 cueiros
    - 4 macacões ou tip-tops
    - 4 conjuntos pagão
    - 4 panos de boca ou fraldas de pano
    - 4 pares de luvas, meias e sapatinho
    - 2 toucas
    - 1 roupa especial para saída da maternidade
    - 1 sabonete líquido neutro
    - 1 creme de proteção para assaduras
    - 1 vidro de óleo infantil
    - 1 vidro de álcool 70% líquido
    - 1 caixa de cotonete
    - 1 escovinha macia ou pente
    - 3 toalhas de banho
    - 1 pacote de fraldas descartáveis RN
    - Saquinhos plásticos para roupas sujas
  2. Higienize todos os itens

    A limpeza cuidadosa das roupinhas e acessórios é essencial para evitar alergias. Por isso, Helena orienta que as peças sejam lavadas com sabão de coco e enxaguadas somente com água e um pouco de álcool. “Isso deixa a roupa bem macia e evita o uso de amaciantes, que só são recomendados após os primeiros 30 dias do recém-nascido”, alerta.

    Além disso, é importante cortar todas as etiquetas e passar cada roupinha pelo lado avesso, incluindo lençóis, cobertores e outros utensílios que entrarão em contato com a criança. “Lembrando que a cômoda, trocador, banheira e demais peças do quarto devem ser higienizadas com água e sabão e, depois, com álcool 70%”.
  3. Separe os produtos em embalagens plásticas

    Com tudo lavado e passado, é hora de organizar as trocas de roupas em sacolas plásticas, facilitando o manuseio no hospital e garantindo que elas permanecerão limpas. “Separei os kits por tamanho RN e P, e achei ótimo”, relata a mamãe Letícia, que colocou em cada pacote uma fralda, um par de meias, luvinhas, touca, um conjunto de calça e body, e ainda um macacão.   

    Essa dica também proporciona que a gestante escolha as peças usadas pelo bebê em cada dia no hospital, já que em alguns momentos serão as enfermeiras que cuidarão do recém-nascido. Para isso, basta etiquetar as sacolinhas com tamanho e data prevista para uso.
  4. Prepare outra bolsa para você

    Além dos itens para o novo membro da família, a mamãe também ficará internada e precisará de roupas confortáveis, produtos de higiene e outros itens para o período que permanecer na maternidade. Entre eles, a médica Helena Amorim sugere peças com abertura na frente para amamentar o bebê, um chinelo de borracha para evitar quedas durante o banho e até um secador de cabelo que, além de deixar a mamãe arrumada, pode ser usado para secar a cicatriz da cesariana ou os mamilos após a mamada. Abaixo há uma lista que pode ajudar:

    - 1 roupão
    - 1 cinta pós-parto
    - 3 camisolas ou pijamas abertos na frente para facilitar a amamentação
    - 3 calcinhas grandes
    - 3 sutiãs de amamentação
    - 2 pacotes de absorventes noturnos ou pós-parto
    - 1 chinelo de borracha para banho
    - 1 chinelo de pano para usar no quarto
    - 1 roupa especial para saída da maternidade
    - Kit de higiene e secador de cabelos
    - Maquiagem
    - RG e CPF
    - Carteirinha do plano de saúde
    - Guia do convênio liberada para casos não- emergenciais
    - Comprovante de residência
  5. Lembre do seu acompanhante

    Com as bolsas de maternidade prontas para mamãe e bebê, é hora de pensar nos itens necessários para a pessoa que os acompanhará no hospital. No caso do pai, por exemplo, é necessário levar um pijama, toalha de banho e de rosto, ao menos uma muda de roupas, itens de higiene, lanche, cobertor e documentos pessoais para entrada no hospital.
  6. Não dê ouvidos a tudo o que falarem para você

    Durante a organização das bolsas, também é comum que amigas e parentes apresentem dicas com itens “essenciais” para o período de internamento. No entanto, muitas coisas que já foram importantes anos atrás não são mais utilizadas atualmente. “Hoje não é recomendado usar conchas de amamentação, absorventes de seio ou faixa para enfaixar o abdômen do bebê, por exemplo, pois favorecem a umidade e o surgimento de infecções”, aponta Helena, ao orientar que a gestante pesquise a respeito de qualquer item “sugerido” antes de usá-lo.