Insegurança, violência e crise socioeconômica são alguns dos fatores que podem despertar o medo do presente e do futuro em qualquer pessoa. Contudo, a sobrevivência depende da superação desses temores e da coragem para enfrentar a realidade e vencer os desafios. E se os adultos sofrem com seus próprios conflitos, como ser o exemplo para ensinar as crianças a terem coragem, confiança e serem independentes, em qualquer circunstância?
7 falhas de relacionamento com os filhos das quais a maioria dos pais se arrepende
Para a pedagoga e especialista em neuroaprendizagem Angela Grein Maximiano, é fundamental desenvolver os potenciais como um todo durante a infância. A criança precisa criar vivências que facilitem a gestão de suas emoções e frustrações. “O diálogo é uma maneira de mediar conflitos e entender que não vivo sozinho, mas em sociedade”, destaca. “Por isso preciso respeitar a mim mesmo e ao próximo, criando limites e tolerando a diversidade de cultura familiar”, diz a especialista.
Danielle Fernandes Barcik, professora da rede pública há 12 anos, corrobora a ideia e reforça: “os pais têm que mostrar a realidade do mundo, ensinar como se proteger das maldades alheias e demonstrar que sempre terão segurança no âmbito familiar”. Outra recomendação da professora é explicar que, mesmo cometendo um erro, tudo sempre tem um aprendizado e é necessário persistir em seus objetivos.
Angela destaca ainda que a coragem “não está explícita no ter a última palavra, mas na cordialidade de respeitar a opinião do outro, desde a escolha do time de futebol ou da banda favorita de música”. E não tem segredo – pais equilibrados e seguros criam filhos mais sadios fisicamente e psicologicamente, capazes de superar as adversidades que encontrarão ao longo da vida com sabedoria e tolerância.
Pais ensinam independência com responsabilidade
Mariana Aparecida Trentini, de 34 anos, é mãe do Eduardo, de 14, e da Emanuelle, de cinco. O filho mais velho começou a ir e voltar da escola sozinho aos nove anos, após o nascimento da irmã caçula.
Como lidar com o momento em que os filhos querem ser independentes
Apesar de o adolescente já demonstrar independência desde pequeno, o diálogo com os pais fez a diferença. “Eu e meu esposo sempre conversamos com ele, não o proibimos de sair. Até o incentivamos a fazer as coisas sozinho. Porque se ele ficar com medo de fazer coisas simples, como ir ao mercado ou a escola, como vai enfrentar as coisas difíceis da vida?”, reflete.
Em algumas situações, Mariana e o esposo sentem receio de deixá-lo ir, mas reforçam as orientações para o filho ter cuidado – principalmente com pessoas estranhas –, não se deixar levar pelos amigos e ser responsável. “Nós, e até mesmo os avós, sempre damos conselhos para não se envolver com pessoas erradas e falamos sobre drogas e bebidas”, explica. “Acho que a confiança vem com o tempo. Nós deixamos ele sair e fazer o que quer, mas sempre com responsabilidade e temor, sabendo que Deus está em todos os lugares”, acrescenta.
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