A criança fala a respeito de um brinquedo ou doce que gostaria de ganhar e logo tem seu pedido atendido. Além disso, basta comentar que está com dificuldade para resolver a tarefa de casa ou para amarrar o cadarço que seus pais já se aproximam e realizam a atividade por ela. O motivo? Aparentemente, querem garantir a felicidade do filho, ajudá-lo em tudo e evitar que ele lide com os sentimentos de tristeza e frustração.
Passividade e isolamento: sinais de que seu filho não anda bem emocionalmente
No entanto, esses não são os únicos fatores que levam os pais a agir como um helicóptero, “sobrevoando” a criança o tempo todo e comprometendo seu desenvolvimento emocional. De acordo com o portal espanhol Hacer Família, outras causas também levam à superproteção e privam os filhos de situações em que precisam resolver problemas, lidar com decepções e cultivar sua autonomia na infância e juventude. Abaixo estão algumas causas para essa atitude dos pais:
1. Eles aprenderam assim
Pais que cresceram em um lar em que foram superprotegidos tendem a repetir esse modelo com seus filhos. Portanto, precisam avaliar se estão reproduzindo as mesmas ações com a nova geração e, em caso afirmativo, buscar equilíbrio. A melhor maneira para isso é estar sempre por perto, mas só agir quando for realmente necessário e sem resolver o problema para a criança. Afinal, só é possível aprender a amarrar os sapatos, por exemplo, segurando as pontas do cadarço e tentando fazer o nó.
2. Não se sentiam amados
O fato de os pais não se sentirem amados na infância também faz com que sejam superprotetores porque tentam evitar o mesmo sentimento nos seus filhos. Mas encher a criança de presentes e oferecer atenção exagerada é nocivo e pode fazer com que ela tenha dificuldades para enfrentar os desafios do crescimento — como comportar-se bem na sala de aula, fazer amigos ou buscar o bom rendimento escolar. Nesses casos, os pais precisam lidar com o trauma que carregam e podem contar com auxílio psicológico para isso.
3. Tentam compensar sua ausência
A culpa sentida pelos pais que trabalham fora e que passam muito tempo longe dos filhos também é motivo para superproteção. Isso acontece, principalmente, porque não querem brigar com a criança nos únicos momentos que passam com ela, então evitam impor limites, perdem oportunidades de corrigi-la e procuram oferecer tudo que for pedido. O problema é que nem sempre os pais estarão ao lado do filho para dar o que ele deseja e será muito difícil para essa criança lidar com frustrações durante a vida.
4. Querem apenas um filho
Também há pais que agem como um “helicóptero” porque querem evitar que a criança peça um irmãozinho. Só que a presença constante do pai e da mãe não substitui a vontade de ter um irmão e nem os benefícios que esse companheiro da mesma faixa etária traz ao desenvolvimento da criança. O que pode ser feito para ajudar no combate à solidão é colocar o filho em contato com outros pequenos e incentivá-lo a conversar, dividir seus brinquedos e fazer amizades.
5. Deixam a criança com os avós
Crianças que são educadas pelos avós porque os pais estão sempre ocupados também costumam ser superprotegidas. Afinal, é comum o vovô querer brincar e se alegrar com os netos, sem a preocupação de corrigi-los ou impor limites. Além disso, quando a criança volta para casa, os pais também procuram compensar sua ausência sem brigas e não há espaço para educar a criança corretamente.
6. São pais adotivos
Pais de filhos adotivos que passaram por um longo processo jurídico até receberem a guarda da criança também tendem a “mimar” demais o filho na tentativa de facilitar sua adaptação, evitar atritos e compensar a falta da paternidade biológica. No entanto, o equilíbrio é fundamental para garantir a felicidade do pequeno e prepará-lo para o futuro.
7. Se divorciaram
Por fim, outro motivo frequente para a criança receber tudo o que deseja está o divórcio. Afinal, é comum ver pai e a mãe competindo pela atenção do filho após a separação e fazendo de tudo para deixá-lo mais feliz e com maior conforto. Nesses casos, os pais devem avaliar a situação e tentar conversar a respeito para que ambos contribuam com a educação do pequeno.
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