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Talvez o maior desafio de quem se muda para outra cidade em busca de novas oportunidades seja viver longe da família. A analista de Recursos Humanos, Mariane Anitta Dias, de 25 anos, vive esse dilema que é comum para muitos jovens. Apesar disso, ela não abre mão de manter o vínculo familiar de maneira nenhuma, e faz o possível para estar presente na vida de sua mãe, ainda que à distância.

Cerca de 30 quilômetros separam a paranaense de sua mãe e irmãos, mas ela faz questão de visitá-los todo fim de semana. “Mudei de Jacarezinho para Ourinhos, em São Paulo, para assumir um novo cargo em uma empresa maior há um ano, mas precisei de um longo período de adaptação até me acostumar”, afirma a jovem.

Para a psicóloga Rafaela de Faria, se existir um vínculo estabelecido com qualidade desde a infância e se a qualidade do tempo em família for efetiva, a distância não será tão prejudicial na relação nessa nova etapa da vida.

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Como todo mundo que deseja alçar novos voos, além da saudade de casa, Mariane teve outras responsabilidades e precisou aprender a lidar com algumas adversidades sem o apoio presencial da família. Mas, para ela, o fato de conseguir contar pelo celular o que lhe acontecia, sabendo que a mãe estava de longe atenta aos seus passo, foi precioso.  “Ligar diariamente não é possível, mas quando sempre que consigo mando uma mensagem. Acredito que esses hábitos também me ajudam a continuar buscando meus objetivos profissionais”, completa.

Ferramentas que aproximam

Para manter e fortalecer a união com aqueles que mais ama, Mariane também usa redes sociais e chamadas por vídeo. “É importante para qualquer pessoa saber que a família está bem, isso faz com que a minha produtividade no trabalho seja muito boa também”, garante. “Saber que você está em busca de melhores oportunidades e poderá dar um melhor auxílio financeiro é outro motivador para continuar nesta rotina”, comenta ela, pontuando a importância de uma boa criação.”Sei que meus valores e princípios partiram deles e ter o apoio de cada um nesse momento faz com que eu me sinta encorajada e disposta para o desafio”.

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Segundo Rafaela, esses hábitos que Mariane tem são fundamentais para qualquer pessoa que esteja longe de casa, mas nem todo mundo cultiva isso. “Independentemente da distância de cidade, o vínculo vai ser estabelecido pela qualidade da relação. Cada vez menos as pessoas usam a ligação de telefone para manter contato, mas há outras ferramentas que podem estreitar essa distância, como as chamadas de vídeo. É preciso aproveitar as oportunidades que a tecnologia oferece”, diz a especialista.

Rede de apoio

Para aqueles que tem a rotina mais intensa, Rafaela sugere o uso de lembretes que recordem a importância de, em algum momento, se comunicar com a família. Esse pode se tornar um mecanismo eficaz, diante de uma vida corrida e uma agenda atribulada. Outra dica da psicóloga são as reuniões coletivas por Skype. “É muito comum parentes que moram longe se reunirem virtualmente, pelo menos uma vez por semana”, reitera.

Além de fortalecer as relações, o convívio familiar – mesmo à distância – constrói uma rede de apoio, contribui para o compartilhamento de notícias e abre um espaço para que o jovem também divida seus problemas e dificuldades. “É dentro da família que se encontra segurança e uma rede de apoio e aprendizados”, conclui.

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