As crianças nunca estão preparadas para viver uma perda e podem demorar um pouco para compreender quando algo inesperado como a morte de algum familiar ou até mesmo de um animal de estimação acontece, por exemplo. Para superar um momento de tristeza, o pai precisa assumir a liderança e ajudar o filho a aprender lidar com o sofrimento e a seguir em frente.
Embora qualquer dor seja difícil de ser enfrentada, essa pode se tornar uma oportunidade de aprendizado até mesmo para as crianças. E se esse alento for encontrado na figura paterna, as crianças podem sair fortalecidas diante de outras adversidades. Assim, elas vão se tornando aos poucos mais resilientes. Por conta disso, os pais precisam estar prontos para ajudá-las a processar essas dores emocionais, com olhos naquilo que o mundo ainda irá proporcionar a eles. E para ajudar nesta tarefa, listamos aqui algumas sugestões, inspiradas em uma publicação do site All Pro Dad.
1. Isole a raiz do problema
Seja a âncora de seu filho. Descubra o que especificamente está deixando ele triste. Se a causa for a perda do cachorro da família mesmo, tente confortá-lo. Mas não é somente isso que pode gerar tristeza nas crianças. Às vezes elas podem estar chateadas e relutam em compartilhar com os pais a perda de uma amizade, uma intimidação que sofreram na escola ou até mesmo uma tensão vivida dentro de casa com o próprio irmão. Se você conseguir chegar à raiz do problema e detectar o que pode estar incomodando seu pequeno, vocês poderão avançar na resolução do problema.
2. Sofram juntos
A empatia é necessária nesse processo. Dê-lhes tempo para viver o luto, porque às vezes ele precisará que você o ouça e lamente com ele. Se ele estiver triste, você fica triste e, juntos, vocês processarão as emoções. Dê-lhes espaço para dizer como estão se sentindo e permita que essas emoções sejam legítimas. Sofra junto com eles, mas lembre-se de que você é o adulto e que tem uma outra visão de como todas as coisas funcionam. Se a visão deles sobre o todo estiver desequilibrada, ajude-os a colocá-la no centro novamente. Você quer levá-los para fora do buraco e não descer com eles.
3. Seja resiliente
Se seu filho realmente acredita que você está sofrendo com ele, ele vai observar atentamente como você responde àquele tipo de situação. É assim que uma criança aprende a tornar-se resiliente e não cai em prantos sempre que algo negativo acontece. Ao longo de sua vida ele enfrentará inúmeros momentos em que a resiliência será seu grande trunfo.
4. Mostre as alegrias da vida
Você já isolou a causa pela raiz, deu tempo para ele se lamentar, compartilhou a dor dele, ensinou-lhe como se recuperar. Agora é hora de trazer a ele a alegria novamente. Comece a apontar a abundância de coisas boas em suas vidas, desde as coisas simples, como um brinquedo que ele tenha, como um teto para morar, comida para comer, um pai que os ama. Agradecer é muito importante nesse processo. Embora tempos difíceis cheguem, as bênçãos virão.
5. Construa marcos
Fazer algo tangível e visível irá ajudá-lo a encontrar um fechamento para aquela questão. Por exemplo: ter um funeral oficial para seu animal de estimação mostra que aquela questão foi encerrada. Talvez quando a questão envolver a morte de um familiar ou a mudança de um amigo, isso fique um pouco mais complexo de se lidar. Mas tente criar um momento em que se diga: “Até aqui fizemos o possível, daqui em diante somente lembraremos com carinho desse momento”. Uma sugestão é procurar orientação profissional para ajudá-las a concluir essa etapa final pode ser uma boa ideia.
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