Uma criança com diagnóstico de autismo, paralisia cerebral, epilepsia, síndrome de down ou alguma enfermidade grave precisa de terapias, acompanhamento médico e de um ambiente familiar acolhedor para se desenvolver. Mas e dos pais, quem cuida?
Foi justamente pensando neles que os curitibanos Fábio e Kerol Kreusch criaram um projeto para ajudar a mostrar que a maternidade e a paternidade atípica podem, sim, ser um “plus” na vida dessas pessoas. Outro objetivo do Mater & Pater Plus é acabar com aquele pensamento ultrapassado de que um filho especial é um “peso ou um problema para a família”. “Principalmente nas salas de espera das terapias, a gente via a angústia de muitos pais. Eles sempre falavam da rotina com os filhos com pesar, com ar de sofrimento, como se tivessem enfrentando um castigo”, disse Fábio ao Sempre Família.
Família tem papel fundamental no apoio à pessoa com deficiência
Segundo Kerol, a iniciativa do casal surgiu da própria experiência deles com o filho, Paulo, de 5 anos. O menino ficou sem oxigênio durante o parto e, por conta disso, tem uma rotina puxada de consultas, exames e terapias para reabilitação neurológica. “Tudo começou com um blog que eu escrevia sobre a minha vivência como mãe de uma criança com necessidades especiais. Com o tempo, a gente percebeu que os pais queriam saber mais sobre nós, sobre como lidávamos com a rotina de exames e consultas e não só sobre tratamentos e indicações de especialistas”, revelou.
Um novo olhar
Hoje o Mater & Pater Plus funciona em duas frentes: a primeira é um site que traz informações sobre o projeto, mantém o blog com textos do Fábio e da Kerol e ainda traz depoimentos de pessoas que mudaram a forma de pensar depois que começaram a seguir o casal. Já a segunda é um curso online chamado “Voe para o Plus”, que tem o objetivo de mostrar, de forma profunda e ao mesmo tempo prática, que é possível cuidar de si mesmo, da criança e da família como um todo.
“É um convite a refletir sobre essa realidade do desenvolvimento atípico. Porque é muito fácil a gente cair no piloto automático e virar apenas um cumpridor de tarefas. A gente quer que esses pais reflitam sobre o que estão vivendo e transformem isso numa realidade melhor”, afirmou Kerol.
“Um filho com necessidade especial consegue, de uma maneira muito natural, extrair de nós o nosso melhor. Se a gente enxerga as dificuldades como algo positivo, como uma chance de nos tornamos pessoas melhores, o resultado sempre vai ser positivo diante dos fatos”, concluiu Fábio.
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