Há uma porção de bons filmes por aí, com uma produção de qualidade e mensagens profundas – ainda que poderiam haver bem mais. De vez em quando, um filme consegue até mesmo nos introduzir a grandes questões da vida e da fé, e ainda por cima se tornar um clássico da sétima arte.
São filmes que se tornam janelas para compreender o que é essencial e dão cor, som e voz àquilo que é fundamental na nossa vida.
Organize-se e reserve um tempo para assistir a esses clássicos:
1. A festa de Babette (1987)
Esse drama dinamarquês – um dos filmes preferidos do papa Francisco – traz uma história que parece simples, mas que contém profundas analogias com a fé cristã. A grande virtude do filme é mostrar, com uma beleza sutil, que o que acontece sob a superfície das coisas é muito mais importante e que, no fim, é a graça de Deus que transforma os corações e os abre para a fé. Experiências humanas simples e sensíveis, como um jantar festivo, fazem recordar a beleza da vida. No festim de Babette, cada convidado descobre um senso mais profundo da vida, cheio de beleza e verdade.
2. A missão (1986)
Uma história de perdão e reconciliação que se passa em uma missão jesuítica do Paraguai e traz de brinde um retrato vivo do trabalho dos missionários na América do Sul do século XVIII. O filme, com Robert De Niro e Jeremy Irons, retrata a grandeza do potencial humano, da virtude e da redenção, mas não fecha os olhos para as facetas escuras do coração humano. Só a trilha sonora, composta pelo célebre Ennio Morricone, já faz o filme valer a pena.
3. Homens e deuses (2010)
O filme relata a história real de uma comunidade de monges trapistas da Argélia, dos quais sete foram assassinados durante a Guerra Civil Argelina, em 1996. Mas a produção francesa do diretor Xavier Beauvois não é um tributo exagerado à coragem dos monges nem uma história de resignação a destinos irreversíveis. O retrato é de um lampejo de esperança que ilumina um mundo cheio de ódio e violência: a história do mosteiro é um chamado à ação movida por uma confiança absoluta em Deus.
4. Ben-Hur (1959)
Ben-Hur é um homem em busca, e esse clássico nos leva como ele ao encontro da figura histórica de Jesus, em uma jornada épica que passa pela escravidão nas galés, pela liberdade como filho adotivo de um rico romano e muito mais. O coração do protagonista não descansa até que o seu olhar fite o que ele realmente procura: o rosto de Cristo.
5. A felicidade não se compra (1946)
Um clássico de Natal, esse filme nos faz entender o valor do serviço sincero aos outros, ensinando-nos a medir nossas ações não pelo seus resultados imediatos, mas pelos seus efeitos permanentes. No decorrer do filme, o desespero e a frustração do protagonista se transformam em alegria e proximidade dos que estão à sua volta, à luz do nascimento de Jesus, que veio não para buscar a própria glória, mas para servir.
6. Marcelino pão e vinho (1955)
Trata-se de um belo filme espanhol sobre um garoto órfão criado em um mosteiro. Uma produção de uma extraordinária ternura que, ao mesmo tempo, desperta nosso desejo de um encontro natural e profundo com Deus, como o de Marcelino.
7. Os miseráveis (2012)
Uma grande adaptação musical do romance de Victor Hugo que mostra o melhor e o pior da humanidade, com todas as suas complexidades, alegrias, esperanças, fracassos e dores. O épico vem salpicado de humor, o amor vai de mãos dadas com a dor e a felicidade vem junta com o desapego: a linha que separa a felicidade da amargura é às vezes tênue e é a intenção e o uso bom ou mau da liberdade que decidem a batalha.
8. A tortura do silêncio (I Confess) (1953)
Uma famosa produção de Alfred Hitchcock que gira em torno do confessionário. Ao mesmo tempo em que apresenta uma eletrizante história de mistério e suspense, sublinha o valor da coragem e da coerência. O filme retrata o padre Michael Logan, que precisa ser leal ao seu compromisso sacerdotal de não revelar o que lhe é dito em confissão, mesmo que isso tenha perigosas consequências para a sua vida. É uma lição poderosa para os nossos dias e, além disso, uma história de perdão e amor, especialmente àqueles que nos ofendem.
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