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Kézia Fernandes Lemes só conheceu o filho Miguel 13 dias após o nascimento. Moradora da cidade de Arapoti, no Paraná, ela sofreu um acidente de trânsito no dia 25 de outubro de 2017, quando estava indo à última consulta do pré-natal, em Ponta Grossa. O carro em que ela estava foi atingido por um caminhão e, em estado grave, ela precisou ser internada.

A saúde de Kézia foi piorando nas horas seguintes ao acidente e os médicos do Hospital Universitário de Ponta Grossa decidiram por fazer o parto. Miguel veio ao mundo prematuro, com oito meses de gestação, após uma cesariana de emergência, no dia 30 de outubro.

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Diante da necessidade de recuperação da mãe e do bebê, o primeiro encontro deles só aconteceu na última sexta-feira, 10 de novembro. Kézia foi levada em uma cadeira de rodas até a unidade neonatal do hospital e, entre sorrisos e lágrimas, eles se conheceram. A emoção tomou conta da família e equipe médica que estava presente. “É reconfortante, é maravilhoso ver todo o trabalho que a gente teve, todo o cuidado que a gente teve, recompensados hoje”, contou a enfermeira Regiane Hoeldtke, em entrevista ao telejornal Paraná TV, da RPC TV.

Raro e delicado

O tipo de cesariana realizado em Kézia é muito raro e, segundo Everson Krun, diretor do hospital, há 20 anos não ocorria um caso como esse, em que a paciente está com um trauma grave. Ele explicou durante a entrevista, que Miguel nasceu com parada cardíaca, precisou ser reanimado e que ao chegar à UTI neonatal, ele teve outra parada e uma nova reanimação. “Agora a gente vê o resultado fantástico. A mãe também teve um traumatismo, um sangramento no cérebro e mesmo assim conseguiu se recuperar”, disse.

A família optou por não conceder entrevista à tevê, mas afirmou que eles pretendem voltar para Arapoti, assim que os dois tiverem alta do hospital. Estar viva e com o filho bem é uma grande vitória para Kézia, que perdeu pai e mãe, nesse mesmo acidente.

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