Governo volta atrás e decide acatar recomendação de “proteger a família natural”
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Uma semana após ter rejeitado, em documento enviado à ONU, a proposta do Vaticano de “continuar a proteger a família natural e o casamento, formado por marido e mulher, como unidade fundamental da sociedade, e também os nascituros”, o governo brasileiro voltou atrás na decisão. De acordo com nota divulgada pelo Partido Social Cristão (PSC), o presidente Michel Temer informou por telefone ao líder do partido na Câmara, o deputado Victório Galli (PSC-MT), que o governo acatou o pedido das bancadas católica e evangélica e deve mudar sua posição na Revisão Periódica Universal do Conselho de Direitos Humanos da ONU.

Na última quarta-feira, após saberem da resposta do governo brasileiro, o grupo de parlamentares cristãos esteve no Palácio do Planalto e entregaram uma carta ao presidente Temer para que ele alterasse a decisão de rejeitar a recomendação do Vaticano. “Com muita alegria, aviso que o presidente da República vai atender nosso pedido e proteger os bebês não nascidos e o casamento tradicional, assim como recomenda o Vaticano”, disse Galli na nota.

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Em 2012, quando o governo respondeu a um questionário muito semelhante, o Brasil havia aceitado parcialmente uma recomendação parecida, cujo texto era: “proteger a família natural e o casamento, formado por marido e mulher, como célula básica da sociedade na medida em que oferece as melhores condições para se criar filhos”.

Por isso, quando essa postura foi mudada no dia 11 de setembro, sem qualquer explicação, os parlamentares cristãos foram pegos de surpresa. A Revisão Periódica Universal do Brasil é realizada a cada quatro anos e meio, e composta por 246 recomendações, entre as quais consta a do Vaticano.

“Mais de 80% da população brasileira é cristã (86,8%, de acordo com o IBGE), defende a vida desde a concepção e é a favor da família, e as decisões do governo não podem ir contra o desejo da maioria da população”, finaliza a nota publicada pelo partido em sua página na internet.

Não está claro, contudo, se o governo acatará a recomendação integralmente ou parcialmente, como ocorreu em 2012. O Sempre Família entrou em contato com a assessoria da Presidência da República para confirmar a informação, mas não obteve resposta até a publicação deste texto.

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