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Fracassar, uma palavra temida por qualquer pessoa. Se admitir um erro é difícil, aceitar um fracasso é ainda pior. De acordo com o Dicionário Michaelis, a palavra, do francês fracasser, significa “não conseguir êxito desejado; ser malsucedido; fazer som estrepitoso pela queda de alguma coisa; fazer em pedaços ruidosamente; arruinar; despedaçar; destruir”.

O psicólogo Miguel Lucas explica que o medo do fracasso está relacionado aos prejuízos associados à possibilidade de falhar em algo. Várias questões estão em jogo, como as sociais, pessoais, psicológicas e financeiras. “Nesse sentido, podemos dizer que esta forma de medo é cultural, pois é um medo subjetivo aprendido em sociedade, que não representa uma ameaça física concreta”, declara.

O receio de não atingir o objetivo desejado também está no fato de que ninguém inicia algo com a intenção de dar errado. José Roberto Marques, master coach do Instituto Brasileiro de Coaching (IBC), afirma que, mesmo que o indivíduo se dedique ao máximo em cada passo, sempre há obstáculos e tropeços na trajetória que podem levar ao fracasso. “Perder faz parte da vitória, do crescimento e do processo evolutivo de cada ser humano. Sem isso, não haveria motivos pelos quais perseverar, lutar e continuar acreditando em nossa força”, ressalta. O coach ainda observa que não há derrota ou problema que não tenha uma solução ou que não abra os olhos para novas perspectivas.

É possível perder o medo de fracassar?

O psicólogo Miguel Lucas destaca que o medo é uma emoção humana e não é possível perdê-lo. Ao invés de se culpar e desistir de tentar, é preciso aprender a lidar com os fracassos e tirar o melhor proveito possível. O especialista esclarece que é fundamental não associar o ato de fracassar com a desvalorização pessoal.

Além disso, é necessário perceber porque os objetivos não foram alcançados para utilizar esta informação no futuro e fazer melhor na próxima vez. Marques concorda e reitera que o medo não pode paralisar a pessoa e que ver o fracasso de maneira positiva é “essencial para conseguir enxergar as oportunidades que surgem com ele e desfrutar de cada uma delas com sabedoria”.

O papel da família na superação dos fracassos

A visão que cada pessoa tem da vida é embasada em suas referências familiares. Por isso, segundo Marques, a família tem responsabilidade sobre a forma como o fracasso é encarado, pois são as conexões com outras pessoas que ensinam a lidar com as mais diversas situações. De qualquer forma, o indivíduo pode ser capaz de enxergar além, utilizando ferramentas e metodologias para mudar sua forma de pensamento.

7 maneiras de ajudar os filhos a superarem um fracasso

Miguel Lucas reforça que o ser humano aprende por observação e os exemplos de respostas às falhas podem influenciar a maneira futura de lidar com as mesmas situações. “Se os pais ou educadores forem demasiadamente punitivos e críticos em relação às falhas das crianças, vão passar uma mensagem clara de que errar ou falhar é algo muito mau e que não deveria acontecer. Esses são os ingredientes perfeitos para emergir o medo de fracassar”, observa o psicólogo.

Por outro lado, a família é extremamente importante no momento de superação, pois são os relacionamentos familiares que promovem segurança e acolhimento. Sem contar que a reestruturação pessoal exige ajuda e incentivo. “Os vínculos são fortalecidos no dia a dia, com a convivência, mas se tornam ainda mais sólidos nos momentos desafiadores por meio da solidariedade e do apoio mútuo”, acrescenta Marques.

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