Qual a maneira mais rápida de ter seu lugarzinho na lista das famílias mais endinheiradas da América Latina?
Ser o proprietário total ou parcial de uma empresa cervejeira parece ser uma boa estratégia, já que três dos cinco clãs mais ricos devem a sua fortuna a essa atividade. Mesmo com as dificuldades econômicas que a região tem experimentado nos últimos dois anos, o clube de multimilionários latino-americanos continua sólido.
Donos de fortunas de destaque mundial, os membros das dinastias mais poderosas da América Latina acumulam patrimônios que ultrapassam o PIB de alguns dos países pequenos do subcontinente.
O Brasil, apesar de toda a crise política e econômica, continua a ser o país com mais representantes na lista das grandes fortunas da região.
Usando os dados da lista de multimilionários individuais da Forbes, a BBC estimou a fortuna de outros clãs latino-americanos. Confira:
Slim
Três das cinco famílias mais ricas da América Latina são brasileiras, segundo a lista da Forbes deste ano. Porém, o nome mais poderoso, bem na dianteira, ainda é o do mexicano Carlos Slim Helu.
Sua fortuna pessoal, estimada em 50 bilhões de dólares, supera o patrimônio coletivo de qualquer família latino-americana e equivale aproximadamente ao PIB de El Salvador.
Lemann
Em segundo lugar está o brasileiro Jorge Paulo Lemann, dono de uma porção significativa da maior empresa de cervejaria do mundo, a AB Inbev.
Safra
Em terceiro lugar no ranking da Forbes está Joseph Safra, descrito pela Forbes como “o banqueiro mais rico do mundo”, por conta do controle que exerce sobre o banco que leva o seu nome.
Nas últimas semanas, porém, o seu nome apareceu nas manchetes por uma razão muito mais polêmica. Em abril, as autoridades brasileiras o acusaram formalmente de estar envolvido no pagamento de subornos a funcionários. Safra rechaça as acusações.
Santo Domingo
Em quarto lugar, outro nome do ramo cervejeiro. A família Santo Domingo, de origem colombiana, reúne os irmãos Alejandro e Andrés, cada um com um patrimônio estimado em 4,9 bilhões de dólares.
Também é membro do clã Julio Mario Jr., sobrinho dos dois, com 2,6 bilhões. Fortuna semelhante tem a sua irmã Tatiana, hoje casada com um membro da família real de Mônaco.
Todos são descendentes de Julio Mario Santo Domingo, que morreu em 2011. Santo Domingo tornou a empresa cervejeira Bavaria a mais importante da Colômbia, antes de vendê-la em troca de 15% das ações do grupo SAB Miller, que até o ano passado era a segunda maior empresa do ramo no mundo.
Por sua vez, no fim de 2015, a multinacional controlada por Jorge Paulo Lemann, a AB Inbev, comprou a SAB Miller em uma negociação estimada em 107 bilhões de dólares, ainda pendente de aprovação pelas autoridades regulatórias. A fortuna dos quatro Santo Domingo juntos chega a 14 bilhões de dólares, mas a negociação promete riquezas ainda mais fabulosas à família.
Telles
A quinta família mais rica da região é a do brasileiro Marcel Herman Telles, que, com 5% de propriedade na AB Inbev, detém uma fortuna 13 bilhões de dólares.
Outros familías milionárias
Outros clãs do país têm cifras próximas, como os Marinho, da Rede Globo, os Sicupira, também acionistas da AB Inbev, e os Moreira, do Itaú Unibanco.
Fechando a lista de fortunas acima de 10 bilhões de dólares, está a da chilena Iris Fontbona, viúva do magnata da mineração Andrónico Luksic.
Com informações de BBC.
Colaborou: Felipe Koller