Eles fazem parte da nossa história e, por motivos diversos, seguem para caminhos diferentes. Mas será possível manter uma amizade sadia com o ex-namorado (a)? Ou o melhor é se afastar definitivamente da pessoa? Para a psicóloga clínica Cristiane M. Maluf Martin, a amizade acontece na minoria dos casos, já que o término do namoro não acontece em comum acordo. “Quando um relacionamento chega ao fim e um dos dois não concorda, é difícil aceitar a situação sem tentar, pelo menos por um tempo, retomar a relação. Essa insistência pode vir através de telefonemas desesperados jurando amor eterno, perseguição nas redes sociais, cenas de humilhação etc. Isso porque geralmente as pessoas que não aceitam o término são extremamente imaturas, pois não aceitam a realidade e não se colocam no lugar do outro”, conta Cristiane.
Isso significa que, enquanto uma parte está reconstruindo sua vida, a outra está vivendo de memórias, o que torna a amizade entre essas pessoas inviável. Sendo assim, o clima agradável está descartado. No que diz respeito à relação com a família do ex – já que na maioria dos casos nos tornamos próximos dos pais, irmãos, tios etc. – a orientação é esperar as emoções se acalmarem, pois a separação é sofrida para ambas as partes. Nessa hora os sentimentos se confundem, e isso vale também para os familiares e se a relação chegou ao fim com mágoas, brigas e traições, provavelmente o vínculo será desfeito.
Mesmo passado um tempo do término, se uma das partes não consegue superar, a orientação da psicóloga é desfazer totalmente qualquer vínculo. “Até para liberar o outro em possíveis relações futuras”, diz.
Para que a situação não se torne ainda mais desagradável, é fundamental que ambos se valorizem e encarem a situação com maturidade. Para que a pessoa se conheça melhor e aprenda a lidar com suas frustrações muitas vezes será necessário buscar ajuda profissional e terapêutica. Para Cristiane, isso ajudará a tornar o fim do relacionamento menos sofrido, além de ajudar na melhoria da autoestima.