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Mais cedo ou mais tarde, as crianças terão que enfrentar alguns conflitos e precisam estar preparadas para resolvê-los. Por isso, desde cedo é possível ensiná-las a lidar com essas situações utilizando atividades lúdicas e divertidas.

Os pais e também os professores podem fazer brincadeiras para ajudá-las a compreender essas questões. É que  as dinâmicas contribuem para que a criança consiga expressar corretamente seus sentimentos, pensar no bem comum, trabalhar em equipe e a desenvolver habilidades de comunicação e tolerância.

Abaixo estão quatro sugestões de atividades simples que podem ser colocadas em prática em casa, no ambiente escolar e até em eventos infantis.

1. Levante-se 

Sentadas e de costas uma para a outra, as crianças devem cruzar os braços. O mediador precisa pedir para que as duas, juntas, se levantem, sem se apoiar no chão. A intenção é que a criança entenda o quanto é importante respeitar a limitação das pessoas que estão ao seu redor. No fim, pergunte a elas como se sentiram e peça que digam quais dificuldades encontraram na tarefa.

“Esta atividade também pode ser feita em uma reunião de família, com todos cruzando os braços e tentando levantar”, explica Oliver Braun, educador físico e psicomotricista relacional. Dessa maneira a criança consegue perceber que também os adultos têm limitações e, como aprendem muito pelo exemplo, ao ver que os pais conseguiram superar aquele obstáculo, não terão medo de explicar sobre suas dificuldades.

2. A teia de aranha

Colégio Machado de Assis/Joinville Colégio Machado de Assis/Joinville

Todos os participantes devem passar por uma teia de aranha sem tocá-la. O objetivo é estimular a capacidade coletiva de tomar decisões e resolver conflitos em grupo. Além disso, as crianças aprenderão a confiar nos colegas e a valorizar a cooperação.

Para realizar esta atividade, você precisará de uma corda e, pelo menos, dois postes ou árvores para amarrá-la. A ideia é construir uma teia de aranha entre essas árvores, deixando espaços de vários tamanhos para as crianças passarem. Só que elas precisam fazer isso juntas e sem tocar na corda, então devem avaliar a melhor maneira de percorrer os espaços e ajudar os demais a fazer o mesmo.

Tempo para brincar na infância é fundamental

No final, a recomendação do blog Sou Mamãe é que seja feita uma avaliação da atividade com todos os envolvidos. Discuta com eles os mecanismos de cooperação que utilizaram para cumprir o desafio e pergunte como se sentiram ao longo do exercício, lembrando que essa atividade também ajudará na socialização das crianças.

3. Eu penso que…

Para esta atividade é necessário material de apoio. Mas é algo simples, fácil de encontrar em revistas e mesmo internet. São imagens de uma mulher grávida, um idoso precisando de ajuda, uma fila de banco, um brinquedo esquecido. “O objetivo aqui é que as crianças possam opinar sobre o que o vem e como percebem cada ação nas imagens”, diz Braun.

Permita, inicialmente, que as crianças se voluntariem para falar. Não sendo pressionadas, muitas vezes elas conseguem desenvolver melhor o assunto de que querem tratar. Caso elas não consigam se expressar, faça algumas perguntas para conduzir a atividade, mas deixando-as confortáveis sempre.

4. Representação

O objetivo principal desta tarefa é desenvolver e incentivar a empatia entre os participantes, que terão que encenar com seu grupo uma situação real ou inventada. Para isso, o instrutor deve propor uma situação de conflito para ser interpretada pelas crianças. Pode ser algo real que ocorreu entre elas ou uma situação hipotética.

Depois, peça voluntários para interpretar os diferentes papéis dos personagens da história e lhes dê alguns minutos para pensar em como farão. Após a representação, faça um debate com todo o grupo para chegar a um acordo que solucione aquele conflito.

 

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