Yusra Mardini, uma jovem síria de 18 anos, é uma das dez integrantes da deleção de refugiados, que disputa os Jogos Olímpicos Rio 2016 sob a bandeira do Comitê Olímpico Internacional. Ela não se classificou para a semifinal no nado borboleta, mas foi ovacionada pela plateia que acompanhava a prova, por ser uma das melhores personificações do espírito olímpico. Seu maior feito enquanto nadadora não foi o pódio, mas sim manter-se viva e salvar os companheiros.
No ano passado, Yusra estava numa das embarcações lotadas de refugiados que tentava atravessa o Mar Mediterrâneo para chegar à Europa, fugindo dos horrores promovidos por extremistas islâmicos e pela guerra. Do mesmo modo que ocorre com tantas outras, o barco naufragou e ela, junto de sua irmã, tiveram de nadar durante três horas para chegar à ilha grega de Lesbos. Mas não apenas isso. Enquanto nadava, ela foi uma das responsáveis por “rebocar” o bote com outros náufrago até a terra firme, e o fez amarrando as cordas do bote ao próprio corpo.
Em seu perfil no Facebook, Yusra disse “Foi uma experiência incrível competir nos jogos olímpicos” e agradeceu: “obrigado a todos que me apoiam e trabalham para eu viver os meus sonhos”. A página da atleta já tem quase 60 mil seguidores.