A alegria de mãe e filho passeando num supermercado, num carrinho adaptado, chamou a atenção esta semana no Facebook. O post era um agradecimento de Luciana Cassal à rede de supermercados Zaffari, que havia atendido ao pedido dela de providenciar um carrinho adaptado para que pudesse fazer as compras com o filho. João Victor, que tem 14 anos, nasceu com a síndrome de Angelman, um distúrbio neurológico que provoca uma série de comprometimentos físicos e mentais.
A iniciativa dos carrinhos adaptados, embora já seja realidade em alguns supermercados do país, é pouco divulgada. No caso da Luciana, foi por meio de uma postagem de uma mãe de São Paulo que ela ficou sabendo da existência do carrinho. “Quando vi o post daquela mãe sobre o carrinho de supermercado adaptado, a realidade caiu sobre mim. Há quanto tempo meu filho não ia somente comigo ao supermercado? Eu não tinha cogitado a possibilidade de já existir um carrinho adaptado. Não pensei duas vezes, apontei a dificuldade para a Cia Zaffari, mostrei a solução e o resultado da implementação que ocorreu em SP”, disse Luciana ao site Papo de Mãe, ligado ao jornal Estado de S. Paulo.
Para Luciana, a experiência de João Victor no supermercado foi um raio de esperança. “Ele adorou! Inicialmente, ficou encantado com o carrinho, explorou, tocou, sorria muito”, contou Luciana à reportagem do site. E complementa: “poder fazer algo tão trivial com ele me trouxe uma sensação maravilhosa de esperança, de fé na humanidade. Inclusão é isso. Em vários momentos, fiquei emocionada e pensei: sim, tem muita coisa ruim acontecendo no mundo, tem muita coisa para melhorar lá fora, mas ainda é o amor que move o mundo”.
Rotina exigente
Gaúcha, mãe de 2 filhos (ela também é mãe do Vicente, de 7 anos), Luciana reside em Porto Alegre e conta que precisou adaptar a vida às necessidades especiais do filho. Formada em Publicidade e Propaganda, ela trabalha como autônoma na criação de logomarcas e artes para material gráfico, além de ter um atelier virtual de papelaria personalizada para festas e lembrancinhas infantis. “O trabalho convencional é outro desafio para pais de crianças com necessidades especiais. Este foi o caminho que encontrei para poder conciliar a carreira com as consultas, terapias e exames do meu filho”, diz.
Com informações de Papo de Mãe.
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