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Já ouviu a expressão “que pressa! Vai tirar o pai da forca?” Pois para alguns educadores e psicólogos, essa frase faz mais sentido do que nunca. Eles são os defensores de mudanças radicais no ritmo da vida moderna, em especial para quem tem filhos.

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Denominada Slow Parenting ou Slow Kids, essa corrente prega uma educação voltada para o tempo da criança, sem pressões, agendas apertadas e correria. O precursor dessa ideia é o escritor e jornalista Carl Honoré, autor de dois livros que dão base para o movimento, “The Power of Slow” e “Under Pressure”. No Brasil já está a venda o livro “Sob Pressão” onde Honoré trata do “slow parenting”.

Na opinião do psicoterapeuta Guilherme Fainberg, para que isso aconteça é fundamental perceber seu filho, suas reais potencialidades, respeitar seu tempo de aprendizado, n​ã​o exceder com presentes ao invés de ser presente e quando o for, esteja l​á​ de verdade e inteiro para que suporte as verdades de seu filho e, na medida do possível, o ajude a torn​á​-las viáveis.

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Foi o que fez a jornalista e blogueira Priscila Correia, do Blog Aventuras Maternas. “Mesmo antes de engravidar eu já sentia um incômodo muito forte em relação às cobranças que a sociedade impõe às crianças desde cedo. Mil atividades, computadores, tablets e celulares já são conhecidos por eles desde o útero e eu não queria que meu filho conhecesse o mundo pelas telas. Queria dar a ele uma criação sensorial”, explica Priscila que viveu na pele essa realidade da maioria das crianças. “Fomos a um hotel-fazenda quando ele estava com 3 anos e todas as crianças da mesma faixa de idade deixavam as brincadeiras propostas pela recreação para ver vídeos e jogos no tablet dos pais. Meu filho acabou fazendo muitas atividades sozinho. Voltei para casa com a ideia de defender mais esse movimento e abrir oportunidades para ele se divertir com outras crianças da forma como fazíamos, com liberdade”, conta Priscila, que utiliza o blog para promover piqueniques ao ar livre com brincadeiras e interação com a natureza.

Para o doutor Fainberg o importante é estabelecer estes princípios propostos pelo Slow Parenting desde a primeira infância,​ evitando o estabelecimento de agendas e compromissos rigorosos para a criança. Apesar disso, o Slow Parenting também defende o desenvolvimento natural do senso de destinação do tempo: hora do estudo, hora do vídeo game e a hora de estar/brincar/conviver com os pais.

Confira algumas maneiras de exercitar o Slow Parenting em sua rotina:

  • Desligue todo tipo de tecnologia por pelo menos 1 hora por dia (quanto mais melhor)
  • Quando estiver em casa, dê prioridade às questões do seu filho
  • Desenvolva a prática de observar seus filhos e outras crianças, reparando nas diferenças d e comportamento das várias idades.

 

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