É fato. E já dissemos isso mais de uma vez aqui no Sempre Família: os filhos aprendem com o exemplo dos pais. Como esperar que seu filho respeite regras de convivência, se vocês não costumam obedecer leis de trânsito ou não são cuidadosos no trato com quem está à sua frente em uma fila? Ou ainda, como desejar que elas cooperem com a organização da casa, se o pai ou a mãe não mantém a ordem no ambiente?
Escola, familiares e amigos contribuem para a formação do caráter das crianças. Mas, nesse pacote de ensinamentos que vêm diretamente dos pais, as noções morais, principalmente, vão ser assimiladas pelas pequenas quando observarem aqueles que lhes deram a vida. Lembrando que a educação dos filhos não deve jamais ser terceirizada. Além dos pais, tudo o que vier é apoio, não a base.
Reforçar a importância da honestidade, mostrando a importância da verdade, é o básico para formar um caráter íntegro. E para auxiliar você a ensinar esse importante valor moral a seus filhos, aqui estão algumas dicas:
- Ajude o seu filho a reconhecer a diferença entre o certo e o errado.
Uma coisa é dizer ao seu filho que certa coisa é boa e aquela é má. Outra é explicar por que certo comportamento é bom e por que outro comportamento é mau.
O seu filho não deve apenas saber o que fazer e o que não fazer, mas ter uma profunda compreensão da moral e dos seus fundamentos. Não diga simplesmente que ele tem que cumprimentar o vizinho. Explique por que é importante ser educado com as pessoas. - Ensine ao seu filho a rejeitar a trapaça.
Mostre a ele que toda forma de trapacear, desde o suborno até esconder uma carta no jogo de tabuleiro, é um sintoma da falta de honestidade, que mancha a reputação e fere a consciência.
Diga a ela que trapacear em uma prova é o comportamento de alguém covarde, que não confia nas próprias capacidades. Ser honesto é a única maneira legítima de ter sucesso de verdade e avançar na vida. - Faça com que o seu filho desenvolva um código moral interno.
Não ensine o seu filho a seguir as regras só para evitar encrencas. Embora esta até seja uma razão aceitável para comportar-se bem, o seu filho deve ser capaz de reconhecer quando uma regra é justa e que ele prejudica os outros e a si mesmo quando não as segue.
Quando ele quebrar alguma regra, pergunte por que fez isso. É verdade, contudo, que nem todas as regras lhe parecerão justas. Quando a dúvida surgir, conversem sobre isso. É assim que se desenvolve o raciocínio moral. - Ajude o seu filho a desenvolver empatia pelos outros.
Ele não precisa se lamentar por toda pessoa que é menos privilegiada do que ele, o que pode ser exaustivo. Mas é importante que o seu filho desenvolva a empatia, a habilidade para entender o que outra pessoa sente e se colocar no lugar do outro.
Isso o ajudará a ver o mundo de outra forma e a melhorar o seu comportamento em relação aos outros. Por exemplo, se ele chega chateado porque a professora gritou com ele, ainda que a atitude da professora seja condenável, tente conversar sobre o que a teria levado a fazer isso, em vez de simplesmente dizer que ela é má. - Ensine-o a repudiar o roubo.
Se o seu filho de seis anos ainda não entende que desviar grandes quantidades de dinheiro é errado, ele pode entender que pegar um brinquedo escondido de outro amigo é errado. Ensinar isso em pequena escala vai ajudá-lo a entender depois a larga escala.
Isso evita o pensamento de que, contanto que você não seja pego, não há problema algum em cometer pequenos furtos. Se o seu filho roubou algo, faça-o devolver e explicar o que fez. Mesmo que isso o faça se sentir envergonhado, será uma boa lição. - Ensine ao seu filho que mentir é errado.
A mentira é outro sintoma de uma sociedade corrupta. O seu filho deve entender a importância de dizer a verdade o mais cedo possível. Diga que é mais importante dizer a verdade e sofrer as consequências do que viver como uma mentira e iludir as pessoas ao seu redor.
Ele deve entender que a mentira não pode ser feita com boa consciência e que dizer a verdade é muito mais importante do que proteger a si mesmo. Assim, ele será menos propenso a mentir no futuro, em sua vida profissional. Quando ele ficar um pouco mais velho, você poderá lhe ensinar a refinar melhor a forma de dizer a verdade, evitando, por exemplo, que a franqueza seja confundida com indelicadeza.