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Há quase três meses sem aulas presenciais ainda não se sabe, ao certo, quando as crianças voltarão para as escolas. Aos pais, coube a complexa missão de lidar com a rotina de estudos à distância, tentando reduzir, ao máximo, os efeitos da pandemia do novo coronavírus no desenvolvimento dos pequenos.
E já que todos estão em casa juntos o dia todo, porque não usar esse tempo para ensinar às crianças e adolescentes habilidades essenciais a qualquer ser humano? Isso mesmo, virtudes e valores que farão toda diferença quando chegarem à vida adulta. A lista abaixo foi inspirada em algumas dicas dadas pelo site norte-americano Verywell Family. São ensinamentos que seus filhos levarão para o resto da vida. Veja:
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Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
De 2 a 4 anos
- Organização: nessa idade pré-escolar é bem provável – e totalmente aceitável – que seu filho ainda precise da sua ajuda, ou supervisão, para realizar pequenas tarefas. Ainda assim, é indispensável orientá-lo. Uma dica nessa fase, é colocar em prática as noções de identificação que ele já tem. Você pode pedir, por exemplo, que ele guarde os brinquedos em caixas apropriadas, arrume os livros por cor na prateleira ou, então, organize os bichinhos de pelúcia por ordem de tamanho sobre a cama. É uma boa lição sobre deveres e organização.
- Responsabilidade: uma criança com 3 ou 4 anos também já é totalmente capaz de separar sozinha a roupa que vai vestir e de aprender o telefone de casa ou da emergência, caso necessário. Mas, quer uma maneira fácil de aplicar números, contagem e simetria na rotina dela? Use a mesa de jantar como local de experimentos. Não existe lugar melhor para ensinar sobre pares, conjuntos e proporcionalidade.
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De 5 a 7 anos
- Noções de limpeza: crianças nessa faixa etária adoram se sentir úteis fazendo coisas para adultos – é aquela fase em que elas disputam para ver quem vai ser o ajudante da professora em sala, sabe? Além de colaborar com a louça, arrumar a própria cama e tirar o pó dos móveis, seu filho também pode ficar responsável pela separação do lixo reciclável do orgânico em casa. Vai ser ótimo para ensiná-lo sobre pensamento coletivo e consciência ambiental.
- Paciência: o isolamento social também pode ser bom para estimular, nos pequenos, as habilidades culinárias. Familiarizados com os conceitos de cortar, amassar, mexer e modelar, eles só precisam ser orientados sobre como usar isso no preparo de pratos para uma refeição completa. Essa experiência pode ajudá-los, inclusive, a entender melhor funções da Matemática, Física e Química, mas é, principalmente, um ótimo exercício de paciência. Afinal, vão ter que esperar até que o bolo asse e esfrie para poder comê-lo.
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De 8 a 10 anos
- Maturidade: nessa fase da vida, as crianças já são plenamente capazes de realizar a maioria das tarefas domésticas voltadas a elas, mas também é hora de os pais irem além do “Será que meu filho vai saber dar a quantidade certa de ração para o cachorro? ” e pensarem: “Será que ele é capaz de fazer isso todos os dias, no mesmo horário, sem ser lembrado? ”. É nesse momento que os filhos podem assumir tarefas mais complexas, que não tinham aos 6 ou 7 anos de idade, como usar o fogão e levar o lixo até o portão. Para os especialistas, é a hora certa de introduzir novas responsabilidades e aplicar conceitos como inteligência espacial. Eles precisam dela para calcular quantas peças de roupa cabem na máquina de lavar ou quantos pratos e talheres a lava-louças comporta.
- Consciência: a jardinagem é outra maneira de misturar as habilidades da vida com a ciência em tempos de isolamento social. Quanta luz do sol as plantas precisam para crescer? De quanto em quanto tempo devem ser regadas? O que há de diferente no solo que fica na parte da frente de casa e no que fica na parte de trás? Quais são os animais que destroem as folhas de couve ou comem toda a abobrinha?
A partir dos 11 anos
- Autonomia: equilibrar um orçamento doméstico e realizar tarefas básicas da manutenção da casa são lições que os pré-adolescentes precisam aprender. Sozinhos, eles devem ser responsáveis pelo próprio tempo e dinheiro – sempre pensando que, um dia, terão que alcançar uma vida independente. Para ajudá-los, você pode começar ensinando o valor que o dinheiro tem e até sugerindo que façam alguma atividade remunerada. Fale com seu filho sobre a importância de poupar e, também, sobre a existência dos impostos e dos juros escondidos no cartão de crédito. Outra dica é levá-lo junto ao supermercado e deixar que ele faça as compras sem extrapolar o limite de gastos. Será um grande desafio!
- Higiene: se na sua casa você precisa ficar “correndo atrás” do seu filho para lembrá-lo de tomar banho, escovar os dentes e pentear o cabelo, a quarentena pode ser um bom momento para ensiná-lo a cuidar da própria rotina de higiene pessoal. Você pode incentivá-lo a fazer isso deixando que escolha o shampoo, sabonete, creme dental e desodorante que quer usar e mesmo a hora que prefere entrar no chuveiro. Assim, dará a ele mais autonomia.
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