Os cinco filhos da família Bodnariu, separados de seus pais Marius e Ruth em novembro de 2015 pelo sistema de proteção infantil da Noruega, voltarão para casa, segundo um comunicado publicado no site da família, com o título “Aleluia! Louvado seja Deus! A família Bodnariu reunificada!” Os filhos haviam sido separados da família sob a acusação de radicalismo cristão.
A confirmação chegou por parte da prefeitura de Naustdal, que diz que chegou-se a um acordo com a família. “Agradecemos muito a todos pelo amor, apoio, orações e participação ativa na reunificação dessa família. Que Deus os abençoe amplamente e devolva tudo o que vocês fizeram para reunir essa família”, diz o porta-voz da família, o pastor Cristian Inoescu. “É muito importante que todos nós respeitemos a privacidade e a intimidade não interrompidas dessa família nesse período, enquanto os filhos se readaptam e se reintegram em seu entorno familiar natural e em seu lar”.
Em 16 de novembro, agentes de proteção juvenil levaram os dois filhos mais velhos do casal quando eles estavam na escola, sem informar os pais. Mais tarde, a polícia se apresentou na casa dos Bodnariu e levou mais duas crianças, deixando apenas o bebê de três meses, que foi levado no dia seguinte.
Dois dias depois, os serviços de proteção juvenil notificaram os pais, dizendo que os seus filhos estavam sob o cuidado de pais adotivos separadamente e que estavam se “integrando” bem. Segundo o testemunho de Ruth, um dos funcionários lhe disse: “As crianças nem sentem falta de vocês. Que tipo de pais vocês são?” Mais tarde, o casal foi informado pelo governo que eram culpados de “radicalismo cristão e doutrinação”.
A decisão, ao que parece, foi instigada pelo diretor da escola das crianças, que se queixou aos serviços de proteção de que o casal era “muito cristão” e a sua crença de que Deus castiga o pecado “cria uma incapacidade nas crianças”.
O psicólogo norueguês Einar Salvesen, em um debate noticiado pelo portal Protestante Digital, havia qualificado o processo contra os Bodnariu como um “desastre” que “vai contra todo bom senso”. O advogado romeno Paul Susman foi outro crítico ferrenho da decisão.
Colaborou: Felipe Koller
Com informações de Infocatolica.