Na dura missão de educar os filhos, os pequenos deslizes cometidos pelos pais muitas vezes acabam passando batido. Mas, pedir que a criança aponte o que você fez e ela não gostou pode ser um ótimo caminho para repensar os atos e fortalecer a conexão entre vocês. Veja o resultado do jogo “fale a verdade” que a colunista Kirsten Watson, do site iMom, fez com os filhos dela:
“Na hora do lanche, todos nos sentamos à mesa. Pedi aos cinco (os gêmeos que não conseguem conversar ainda estavam cochilando) que se revezassem dizendo uma coisa que eu fiz a eles e que eles não gostaram. No começo, todos apenas me encararam. Eles provavelmente pensaram que era uma pergunta complicada. Mas, depois de garantir que eu não ficaria brava e que eles não seriam punidos, o primeiro garoto levantou a mão para iniciar a conversa”, postou.
Kirsten alerta, no entanto, que antes de fazer isso você precisa preparar seus sentimentos e entender que o que vai ouvir pode ser muito melhor do que fingir que a verdade não existe. Aqui, estão três lições que a família de Kirsten tirou dessa experiência:
- Existe um jeito certo de compartilhar a verdade
Antes que o primeiro filho começasse a compartilhar, a mãe deu a única regra do jogo: eles deveriam dizer a verdade de uma maneira amável e respeitosa. Ela lembrou que, embora estivesse pedindo que dissessem a verdade, a maneira como eles transmitiram isso era muito importante.
"Dei a eles este exemplo: fiz o jantar e perguntei se eles gostaram. Há duas maneiras de dizer não: 'Mamãe, este é o pior prato que você já fez. Foi nojento. Isso me fez querer vomitar' ou 'Mamãe, você sabe, não era minha comida favorita. Eu gosto quando você faz...'". - Esconder a verdade é pior do que magoar alguém com a verdade
Um dos filhos mais velhos de Kirsten disse: "Mamãe, eu não quero fazer isso, porque não quero magoar seus sentimentos". Então ela foi direto à história bíblica de Adão e Eva.
"Conversamos sobre algumas das razões pelas quais eles se esconderam de Deus depois de o terem desobedecido. Eu disse a eles que não somos diferentes. Haverá momentos em que parecerá melhor esconder a verdade do que dizê-la. Eles podem pensar que o que fizeram prejudicará a mamãe ou o papai, ou nos deixarão com raiva ou decepcionados. Só que isso não deve impedi-los de dizer a verdade porque, em última análise, só podemos ajudá-los quando eles nos dizem o que está acontecendo", relata. - Preciso da verdade da família e dos amigos
Depois da mesa redonda, Kirtsen disse ter ficado surpresa por não ter ouvido falar sobre seu hábito de estar ligada ao telefone, mas que teve a chance de pensar sobre tudo o que foi dito.
"Como mulheres, precisamos daquela mulher ou grupo de mulheres que falará a verdade para nós. Todos nós temos uma área onde podemos agir melhor. Talvez um amigo note alguma coisa, mas tenha medo de falar. Ou talvez ela esteja com medo porque também está lutando. Por qualquer motivo, não nos responsabilizamos . Em última análise, deixamos de desejar ser mais como as mulheres que Deus nos chama para ser. Vamos voltar a isso juntas", conclui.