Lucian Haro, especial para o Sempre Família
A ciência e os especialistas são unânimes ao afirmar que a agressão física contra seu filho não ajuda em nada no processo de educá-lo para o mundo. Além da palmada ser proibida por lei, há uma série de consequências negativas nos tapas, beliscões, puxões de orelha e chineladas, que nem precisamos citar aqui.
“É certo que nenhum pai gosta de repreender o filho, mas quando se trata de um ser humano em formação é preciso impor limites”, pondera a psicopedagoga Esther Cristina Pereira. Mas há um jeito certo de fazer isso sem ferir a autoestima da criança? Segundo a especialista, sim.
Veja cinco dicas práticas que podem te ajudar:
1. Só cobre da criança o que foi combinado
Tenha sempre em mente que para a criança ser cobrada, ela precisa primeiro saber que aquilo é errado. Antes de corrigi-la, pense se aquela questão foi trabalhada, explicada, se ficou claro para o seu filho. Aí sim vale a conversa. Se vocês nunca falaram sobre o assunto, porque a situação nunca aconteceu, aproveite a oportunidade para dialogar.
2. Aja de cabeça fria
Nunca aja no calor da emoção, de cabeça quente. No caso de uma falta grave, por exemplo, sempre deixe passar uma noite antes de impor uma punição. “Filho, amanhã a gente conversa. Hoje estou nervoso e desiludido com você”, essa frase já fará com que ele reflita sobre o que fez.
3. Use as palavras certas
Palavrões e ofensas não surtem o efeito desejado, pelo contrário, ferem muito e não devem fazer parte da educação da criança em hipótese alguma. As ameaças também precisam ser usadas com cautela. Se prometeu tirar o brinquedo caso ele não se comportasse, cumpra.
4. Corrija apenas por atos intencionais
As crianças não podem ser punidas pelos pequenos acidentes, como derrubar o leite na mesa, por exemplo. As correções devem ser aplicadas apenas para atos intencionais. Mas, nesse caso, ela é quem deve limpar a bagunça.
5. Não corrija em público
Educação se dá em casa. É preciso plantar dentro para colher fora. Por exemplo: se houve um combinado antes de ir à festa de aniversário, como “Se acontecer tal situação, a gente volta para casa” e aquilo acontece, lembre-o do que conversaram antes. Evite outras explicações na frente dos outros e cumpra o que disse.
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