Bigstock| Foto:

Embora existam muitos conceitos sobre o relacionamento entre pais e filhos aprendidos após a chegada da primeira criança na família, de outros só se tem conhecimento com a chegada de um irmãozinho, como os ciúmes entre eles. É muito comum, por exemplo, o irmão mais velho ver o recém-nascido como um novo membro que está se tornando o centro das atenções. Ele pode até ver o irmão como um inimigo a ser derrotado na luta pela atenção dos pais, que até agora eram somente dele.

CARREGANDO :)

Ciúmes entre irmãos são uma tendência comum nas famílias, uma fase que apesar de difícil, deve ser enfrentada. Mas, como tudo nesta vida, há uma linha entre o aceitável e o que é preocupante. Então, como aprender a distinguir entre uma situação e outra?

Quando o ciúmes da mãe gera estresse no filho

Publicidade

A Associação Espanhola de Pediatria (AEP) traz alguns conselhos para os pais que estão enfrentando essa situação. Segundo a associação, o ciúme surge no imaginário da criança quando ela sente a perda de afeto, particularmente da estima da mãe, após a chegada de um irmãozinho. É mais frequente nos primogênitos, quando há diferença muito grande de idade entre os irmãos e nas crianças superprotegidas.

E existem algumas circunstâncias que podem aumentar a intensidade dos ciúmes entre irmãos: não levar em conta as iniciativas dos irmãos mais velhos em casa, não ter desenvolvido a autonomia nos filhos, comparações com outras crianças, mudanças bruscas na atitude da mãe após o nascimento do irmão mais novo e pouca preparação para essa nova realidade.

Até quando é normal e quando deve causar preocupação?

A presença dos seguintes sintomas é um sinal de que está na hora de tomar algumas medidas:

– Surgimento de hostilidade e agressividade para com o irmão, brigas, mordidas, beliscões, empurrões ou qualquer comportamento que possa machucar, especialmente quando o pequeno não está acompanhado.

Publicidade

6 dicas para combater a rivalidade entre irmãos

– Hostilidade com a mãe, que pode se manifestar na forma de desobediência, mau humor ou frases agressivas. Até mesmo uma agressão não-consciente, com perda de controle dos esfíncteres (músculos que retém ou liberam o xixi e o cocô), relutância, tiques nervosos, etc.

– Mudanças de personalidade, que se manifestam sob a forma de apego excessivo ou vigilância da mãe. As crianças se isolam, falam pouco ou têm comportamentos de regressão e infantilismo, como pedir ajuda para comer ou para a higiene pessoal.

O que os pais podem fazer?

Enquanto o ciúme é inevitável no seio da família, pelo menos, na maioria dos casos, os pais podem começar a se preparar desde a descoberta da gravidez do segundo filho:

Publicidade

Antes do nascimento: É importante que os pais mostrem calma e deem ao filho mais velho, informações sobre a nova rotina familiar, com tranquilidade. Chantagem emocional deve ser evitada. Nunca diga frases como: “se você não se comportar vamos amar mais o seu irmão quando ele chegar”. Monitorar as ações de amigos, avós, tios, também é fundamental.

O nascimento: Não é aconselhável levar a criança para fora de casa nos dias em torno do nascimento (deixa-lo com os avós, por exemplo). De alguma forma, é como se você estivesse avisando que quem vai chegar já está o tirando de casa. Se precisar de ajuda, é melhor que um membro da família vá até a sua casa.

7 dicas para estimular a autonomia nos filhos

É interessante que, salvo complicações com a saúde da mãe e do bebê, o irmão mais velho vá até o hospital no mesmo dia do nascimento para ver o novo irmão e a mãe. O ideal é que o pai acompanhe a criança nesta visita e que se respeite esse momento de intimidade da família, evitando a presença de terceiros.

A volta para casa: Permita que a criança veja e toque o irmãozinho, para diminuir a ansiedade e curiosidade. A mãe deve encorajá-lo para que, dentro de suas possibilidades, o ajude com o recém-nascido, mas sem pressioná-lo. Deve ser como um jogo, não como uma obrigação e sem o culpar se cometer algum erro.

Publicidade

Nos primeiros dias: É muito importante não aproveitar esses dias para fazer mudanças na vida da criança. Não é a hora de começar a ir à escola ou creche, nem mudar de quarto. E se os visitantes trouxerem presentes para o recém-nascido, não é bom dar presentes de “compensação” para o maior. Essa atitude não deixa de ser uma maneira de recompensar sentimentos de inveja. Seria algo como: “Olhe, isso é para você, para que você não sinta ciúmes”.

Com informações de Hacer Familia.

***

Recomendamos também:

Publicidade

***

Curta nossa página no Facebook e siga-no no Twitter.

 

Publicidade