Talvez você já tenha passado por algum constrangimento no supermercado ao negar algo para seu filho e ele reagiu com um escândalo desnecessário. E isso pode acontecer pelo simples fato de que ele não compreender o motivo de estar lá. Além disso, diante de uma diversidade de cores e sabores, fica complicado se conter e não querer tudo para si. Diante do estresse que a ida ao mercado gera, alguns pais optam até por não levar os pequenos juntos. Mas e se esse momento for transformado em algo divertido e produtivo, do ponto de vista do aprendizado?
Levar os filhos ao mercado pode ser uma maneira de ensinar questões de economia, autonomia e responsabilidade, por exemplo. Cabe aos pais aproveitar esse tempo junto para evitar qualquer tipo de frustração. “As crianças sempre querem ajudar e fazer atividades úteis. Por isso, dar a elas autonomia e deixar que participem do dia a dia da casa, é valioso” explica Cláudia Hara Hashimoto, especialista em Metodologia de Ensino e coordenadora do Ensino Fundamental do Colégio Marista Maringá.
Segundo a especialista, com organização e diálogo é possível transformar todo o estresse do momento das compras em algo mais tranquilo. Para ela, ‘fazer combinados’ pode transformar a ocasião em algo bastante agradável para toda família, além de ser uma ótima oportunidade para dar à criança noções de educação financeira. Com um projeto voltado à essa área no Colégio Marista Maringá, Cláudia traz algumas dicas que também podem ser utilizadas pelos pais, afim de minimizar a agitação e preocupação da ida ao mercado, e ainda conquistar um companheiro atento na economia doméstica.
1. Faça a lista de compras junto às crianças
Organize com antecedência o que vai ser comprado e com que finalidade. Isto pode facilitar muito a vida dos pais na hora de passar pelos corredores do mercado, pois, quando os pequenos participam da decisão, sentem-se mais responsáveis e parte do processo.
2. Falar sobre dinheiro é importante
Finanças não é algo só para adultos. O quanto antes as crianças souberem lidar e entender a relação com o dinheiro, mais responsáveis e conscientes serão no futuro. Então, na hora de escolher itens necessários e supérfluos, é essencial explicar se eles cabem ou não na compra da família e o porquê.
3. Consumo consciente desde cedo.
Uma boa tática para evitar vontades de última hora e aquelas famosas birras dentro do supermercado, é voltar ao ‘combinado’ da lista de compras. Estabeleça com a criança, em casa ou no trajeto, o que pode e o que não pode comprar e explique a ela a razão disso. Dar o exemplo também será importante, pois se o pai ou a mãe desviarem-se da lista, os filhos podem questioná-los.
4. Atribua tarefas
Os mais pequenos, que ainda não sabem ler, podem ficar responsáveis por organizar as compras no carrinho, por exemplo. Segurar a cesta de compras com itens que não pesem muito também é algo que as crianças têm a possibilidade de fazer para participar da atividade. Já os mais velhos podem avaliar os rótulos, data de validade e até a relação de custo-benefício dos produtos.
5. O mercado pode abrir o apetite
Ensinar a escolher frutas e legumes (sentir a textura, o cheiro e a firmeza) pode ser uma boa tática para despertar o apetite em casa. Experimentar durante as refeições o que a criança foi responsável por comprar é uma forma de estimular o interesse por alimentos que ela ainda não conhece.
6. Guardar as compras também faz parte do processo
Ao chegar em casa, as crianças podem contribuir, ajudando a arrumar os produtos nos locais adequados. Elas podem auxiliar com a arrumação do ambiente, classificando produtos de acordo com a sua utilidade e modo de conservação. São pequenos conceitos que favorecem o desenvolvimento da atenção e da observação no dia a dia, além de demonstrar a importância da organização no seu cotidiano.
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