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Foi-se o tempo em que jogar videogame era sinônimo de perda de tempo ou até algo prejudicial ao aprendizado e aos relacionamentos das crianças e adolescentes. Hoje os jogos tecnológicos estão presentes em testes de seleção para trabalho e mesmo nas salas de aula, provando que, se houver equilíbrio, eles podem ser benéficos para o desenvolvimento de habilidades e competências importantes aos jovens.

Segundo o psicólogo e educador Augusto Jimenez, não se deve proibir os videogames para crianças e adolescentes, pois os games de hoje realmente aprimoram a capacidade de atenção visual seletiva, diz.

Por este motivo e diante das mudanças no pensamento acerca dos videogames no desenvolvimento de crianças e adolescentes, o especialista elencou cinco pontos favoráveis a essa prática. São situações que mostram para pais e gestores educacionais que é possível apoiar o uso de jogos dentro e fora de sala de aula.

  1. Jogar vídeo game eleva a atenção visual das crianças:

Segundo um estudo realizado pela Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, e publicado na revista Nature, o ato de jogar vídeo game aumenta a capacidade seletiva e visual do indivíduo. Assim, essas pessoas tendem a ser mais rápidas na hora da tomada de uma decisão. Exemplo disso é que várias empresas têm recorrido aos videogames e jogos de tabuleiro em seus processos seletivos, podendo assim verificar a atenção e personalidade dos candidatos

  1. Profissões digitais são as que mais empregam no país e no mundo

Graduações como Jogos Digitais ou Design e Planejamento de Games estão se espalhando por várias instituições de ensino superior no país. “Para se ter ideia, a remuneração nesta área vai de R$ 4 mil a R$ 20 mil”, diz Jimenez. Ele afirma ainda que os estudantes podem atuar como programadores e Game Designers, e que isso começa ainda na infância e adolescência. “A tecnologia veio para ficar e uma diversão como os games pode ser o futuro profissional do seu filho”, completa

  1. Aguça o instinto de investigação dos alunos:

Hoje já existe até um termo para a união entre games e educação, “gamification”, isto é, a captação de conhecimento por meio dos jogos. Jimenez cita um estudo do Instituto Buck de educação, que mostra que quando se cria um jogo envolvente ao estudante, ele desenvolve uma necessidade de saber e o ajuda a assimilar o conhecimento de forma orgânica.

  1. Já não é mais um sinônimo de sedentarismo:

Jogos como os clássicos Just Dance e Guitar Hero são a prova de que não é preciso ficar sentado em frente à tevê para jogar e se divertir. Jogos em que é preciso movimentar todo o corpo para funcionar estimulam a interação com outras crianças, promovendo a integração de grupos de amigos.

  1. Estreita laços entre pais e filhos:

O amor aos videogames tem passado de pai para filho. Em 2015, a pesquisa Game Brasil mostrou que 82% dos pais com videogame em casa jogam com seus filhos. “A vida profissional dos brasileiros exige muito dos pais e mães, e reservar uma hora diária para jogar com os filhos pode sim estreitar laços”, comenta Jimenez. Para o especialista, quando os pais se dispõe a realizar uma atividade que os filhos gostam, a diversão e o tempo juntos são muito melhores.

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