Se é importante para nós saber quem somos, imagine como isso é importante para as crianças que estão em um processo constante de construção e interpretação do mundo e de se perceberem como parte dele. Quando um bebê nasce ele está diante de um mundo de novas sensações. É tudo diferente daquilo que ele estava acostumado no conforto do útero de sua mãe e ele se vê obrigado a se adaptar e fazer parte daquele mundo estranho. Mas aos poucos ele percebe que seu choro tem o poder de realizar mudanças incríveis ao redor, que ele é importante para algumas pessoas e que suas ações têm sentido no mundo em que vive. Logo o bebê começa a conquistar algumas coisas e percebe que existem pessoas que atendem às suas necessidades, mas que também há aqueles que lhes dão segurança e os encorajam a conquistar, pouco a pouco, tudo aquilo que é preciso alcançar como parte do processo de crescimento.
Como descobrimos quem somos?
Começamos a ter uma ideia de quem somos através daquilo que dizem e expressam para nós e quando nos reconhecemos como pessoa através dos outros. À medida que crescemos e percebemos que podemos modificar nossa realidade e adquirir mais ferramentas para nos relacionarmos com outras pessoas, construímos a imagem de nós mesmos e, a partir dessa imagem, nos comportamos, nos comunicamos e nos relacionamos uns com os outros.
Se eu tiver uma imagem positiva de mim mesmo, minhas ações irão fortalecer aquelas características positivas que eu descubro em mim mesmo e melhorar aquelas que não são tão positivas. Eu entendo que o que eu faço e digo tem consequências e, de acordo com o quão agradáveis ou desagradáveis elas são, posso saber o que posso ou não fazer. Conheço os limites que posso estabelecer no meu relacionamento com o mundo e as pessoas. Conhecer-me como um “fazedor de coisas” me motiva a pensar e fazer coisas novas com sucessos e fracassos e então eu aprendo.
Nesse processo, a orientação dos pais é fundamental, pois são eles que acompanham as crianças no processo de se descobrirem. Abaixo apresentamos algumas dicas que ajudarão a saber de que maneira podemos favorecer ou não um desenvolvimento sadio na criança:
Transmita mensagens positivas do mundo e de si mesmo: Cumpra suas promessas, sejam elas de consequência ou recompensa.
Expresse seu afeto não só com presentes, mas com momentos, palavras e respeito.
Incentive sentimentos de segurança: acompanhe os sucessos e fracassos, incentive as crianças a tentar novamente.
Aprenda sobre o mundo com eles: É necessário transmitir a eles que o que eles fazem no dia a dia nos enche de orgulho, consequentemente, isso os enche de segurança.
Convide-os a expressar suas opiniões e, da mesma forma, argumentar, de acordo com a idade, as coisas de suas vidas diárias.
Fortaleça neles novas maneiras de enfrentar e resolver os problemas que são apresentados com nosso acompanhamento e conselhos.
Respeite os gostos que começam a se manifestar.
Mostre que cada ação na vida produz consequências. De acordo com isso, oriente-os a estabelecer limites com o contexto em que se encontram e com outros indivíduos.
Adaptados às suas habilidades, dê-lhes a possibilidade de assumir responsabilidades e cumpri-las.
Motive-os a expressar o que sentem e os conduza para a expressão adequada (todas as emoções nos ensinam coisas, por essa razão, cada uma deve ser permitida).
Favoreça o fortalecimento de sua autoestima e autoimagem, permitindo que se desenvolvam como indivíduos independentes e afetivos, seguros de si e com uma relação sadia com o mundo.
Com informações de La Familia
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