Enquanto os brasileiros aguardam a nomeação do sucessor de Teori Zavascki no Supremo Tribunal Federal, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez ontem (31/01) a aguardada nomeação de um novo ministro para a Suprema Corte norte-americana. Se a sua nomeação for confirmada pelo Senado, Neil Gorsuch, de 49 anos, assumirá a cadeira deixada vaga com a morte de Antonin Scalia, em fevereiro de 2016.
Gorsuch, que mora no Colorado, tem um longo histórico de atuação em defesa da vida dos nascituros. Ele tomou partido a favor do governador de Utah, Gary Herbert, em seu intento de retirar o financiamento público da rede de clínicas de aborto Planned Parenthood. Ficou ainda ao lado da congregação religiosa Irmãzinhas dos Pobres quando elas entraram na justiça para que não fossem obrigadas a incluir medicamentos provocadores de aborto nos planos de saúde dos funcionários de suas instituições. Ele se opõe ainda à eutanásia e ao suicídio assistido.
A nomeação de Gorsuch é vista em plena continuidade com as posições de seu antecessor na Suprema Corte. Scalia, um católico descendente de italianos firmemente contrário ao aborto, havia sido nomeado para a Corte por Ronald Reagan em 1986. Um mês depois de sua morte, aos 79 anos, o então presidente Barack Obama havia apontado o nome de Merrick Garland para sucedê-lo, mas a maioria republicana do Senado se recusou a pôr em votação a nomeação de Garland, o que fez com que a decisão de Obama expirasse.
Devido a essa controvérsia, senadores democratas afirmam que farão o possível para vetar qualquer nomeação que não seja a de Garland. Para o senador Jeff Merkle, “essa é uma vaga roubada. É a primeira vez em que uma maioria do Senado rouba uma vaga na Suprema Corte”.
Com a nomeação de Gorsuch, seria mantida a maioria de membros da Suprema Corte nomeados por presidentes republicanos. A Corte é formada por nove ministros e atualmente, com uma cadeira vaga, quatro foram nomeados por republicanos (um por Reagan, um por George H. W. Bush e dois por George W. Bush) e quatro por democratas (dois por Bill Clinton e dois por Obama).
Com informações de LifeNews.
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