Em um encontro com pessoas engajadas na inclusão de pessoas com deficiência nesse sábado (21/10), no Vaticano, o papa Francisco denunciou o que chamou de uma “tendência eugenista a eliminar os nascituros que apresentem alguma forma de imperfeição”.
Francisco destacou a atenção que os portadores de deficiência conquistaram nas últimas décadas. “O crescimento da consciência da dignidade de todas as pessoas, sobretudo das mais frágeis, levou a assumir posições corajosas para a inclusão de todos que vivem com alguma forma de deficiência, para que ninguém se sinta estranho em sua própria casa”, disse o papa.
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Ao mesmo tempo, apontou que “em nível cultural” alguns problemas permanecem. “Uma visão com frequência narcísica e utilitarista leva muitos, infelizmente, a marginalizar as pessoas com deficiência, sem colher a sua multiforme riqueza humana e espiritual”, afirmou Francisco.
“Na verdade, todos conhecemos pessoas que, com as suas fragilidades, até mesmo graves, encontraram, ainda que com esforço, a estrada de uma vida boa e rica de significado. Assim como, por outro lado, conhecemos pessoas aparentemente perfeitas e desesperadas!”, sublinhou o pontífice.
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Francisco pediu ainda que a Igreja Católica se mantenha envolvida com a defesa e a promoção das pessoas com deficiência. Ele pediu uma especial atenção à missa dominical, que “deve saber incluí-los”.
O aborto em caso de deficiência do feto é permitido em toda a Europa e América do Norte, com exceção de Irlanda, Andorra, San Marino, Malta, Liechtenstein e alguns estados do México. Também é permitido em países como Chile, Colômbia, Panamá, Austrália, China, e Indonésia e em vários países africanos.
Mesmo em caso de deficiências que permitem que na maioria das vezes seus portadores vivam normalmente, como a síndrome de Down, o cenário é desolador. Na Dinamarca, o aborto vitima 98% dos bebês diagnosticados com a condição e na Islândia, 100%. No Reino Unido, a porcentagem chega a 90%. Na França são 77% e nos Estados Unidos 67%.
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