Reprodução/Facebook OneBlood
Reprodução/Facebook OneBlood| Foto:

A história de vida de Zainab Mughal, de apenas dois anos, está movimentando uma campanha internacional em busca de doadores de sangue. A pequena mora com sua família no estado norte-americano da Flórida e foi diagnosticada há alguns meses com câncer. Mas sua situação se complica ainda mais pelo fato de ela ter um dos tipos de sangue mais raros do mundo, dificultando as doações.

Ao site TODAY o pai de Zainab, Raheel Mughal, contou que a filha sempre foi muito esperta e ativa, até que ao completar 20 meses de idade ela começou a ficar mais teimosa, a comer menos e a perder peso rapidamente. “Ela nem queria mais brincar com outras crianças”, lembrou. Desconfiada da mudança de comportamento da filha, a mãe dela, Mariam Mehmood, decidiu leva-la ao médico e foi onde obtiveram o diagnóstico de neuroblastoma, um tipo de câncer que costuma acometer crianças.

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Instruídos pelos médicos de que seria necessário ajudar a menina com doações de sangue, os pais rapidamente fizeram a coleta, mas souberam que não eram compatíveis com Zainab. Conforme explica Frieda Bright, gerente de laboratório do banco de sangue OneBlood, entidade que encabeça a campanha de doações, a raridade no sangue de Zainab está na ausência de um antígeno chamado “Inb”, que é comum na maioria das pessoas.

Na busca por doadores compatíveis, já foram testadas mais de mil amostras, sem sucesso. Os médicos dizem que Zainab precisa de pelo menos 10 doadores. Estatisticamente, segundo o site OneBlood, as únicas pessoas que provavelmente são compatíveis com ela são aquelas com ascendência paquistanesa, indiana ou iraniana. E ainda assim, dentro dessas populações, menos de 4% realmente não contam com o antígeno “Inb”. “É algo tão raro que é a primeira vez que vejo em mais de 20 anos nessa profissão”, explica Frieda

Os médicos dizem que a quimioterapia já está ajudando na redução do tumor de Zainab, mas ela ainda deverá passar por dois transplantes de medula óssea e as transfusões. Frieda lembra que o sangue doado não será capaz de curá-la, mas sim de ajudar no tratamento contra o câncer. “A vida da minha filha depende do sangue e o que estão fazendo para salvar a vida da minha filha é incrível. Jamais esqueceremos”, diz Mughal em vídeo.

Parcerias

A OneBlood está trabalhando juntamente com outros centros de doação de sangue e com o American Rare Donor Program (ARDP), um é um programa da Cruz Vermelha Americana em cooperação com a Associação Americana de Bancos de Sangue (AABB). Até o momento três doadores corresponderam aos requisitos, sendo dois deles dos Estados Unidos e um do Reino Unido. Mas ainda é necessário que outros apareçam.

No site da OneBlood há informações sobre como ajudar e na página da entidade no Facebook é possível acompanhar a evolução da campanha.

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