Manifestantes na 9ª Marcha Nacional da Cidadania pela Vida e Contra o Aborto (Valter Campanato/Agência Brasil)| Foto:

Ativistas pró-vida e religiosos de todo país fizeram nesta terça-feira (7), em Brasília, a 9ª edição da Marcha Nacional da Cidadania pela Vida e Contra o Aborto, também chamada apenas de Marcha Nacional pela Vida. Com o tema “Quero Viver! Você me ajuda?”, os manifestantes pediram a aprovação do Estatuto do Nascituro (PL478/2007), que define direitos do bebê em gestação e da gestante.

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A manifestação reuniu em torno de 1,5 mil segundo a Polícia Militar e ocupou três faixas do Eixo Monumental, na região central da cidade, em direção ao Congresso Nacional.

Participante da marcha, a microempresária Lili Terena, 48 anos, disse que o aborto provoca traumas psicológicos e físicos na mulher. “Não queremos impor nossa vontade sobre a decisão da mulher, queremos o que é melhor para a mulher e muitas vezes ela não sabe. Sou contra o aborto porque acho que todos têm direito à vida. A criança não tem voz, alguém tem que defendê-la.”

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A técnica em enfermagem Marilza Lima, 56 anos, veio do Rio de Janeiro para participar do ato. “Sou à favor da vida e contra o sofrimento do feto, independentemente da forma em que foi concebido. Jamais vou entender como uma mulher faz um aborto. Porque não ter o filho e colocar para adoção? Quantas mulheres não podem ter filhos e esperam a adoção? Se tivesse uma lei de adoção melhor no país, tenho certeza que muitas deixariam de abortar”, disse.

A manifestação antiaborto também teve participação masculina. “O movimento é em defesa da mãe, incluindo as vítimas de violência, para que tenham amparo social e dignidade. A minha mãe foi abandonada pelo meu pai e teria todas as condições para fazer um aborto e decidiu me preservar. Por isso, estou aqui, nessa luta”, disse o seminarista Wesley Corrêa, 33 anos.

Protesto

Os manifestantes também colocaram em sua pauta o protesto ao Projeto de Lei 882/2015 e da SUG15/2014, que tramitam no Senado Federal.

O Projeto de Lei 882/2015, de autoria do deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ), sob o pretexto de estabelecer as políticas públicas no âmbito da saúde sexual e dos direitos reprodutivos, visa a legalizar o aborto até a 12ª semana de gestação, segundo o desejo da gestante, e até a 22ª semana, em caso de violência sexual, risco para a vida ou a saúde da gestante ou incompatibilidade do feto com a vida extrauterina.

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Igualmente, a SUG15/2014 é uma sugestão de lei que pede a realização de aborto no Sistema Único de Saúde (SUS) até 12 semanas de gestação, bastando para isso a vontade da gestante.

Ato simbólico

Sessenta crianças da instituição espírita Lar Assistencial Maria de Nazaré participaram da marcha carregando balões brancos, representando os bebês que deixam de nascer em decorrência de abortos. Para Kelly de Oliveira, 42 anos, dirigente da instituição, o ato simbolizou a defesa pela vida.

“Entendemos que seria uma mancha na história do Brasil a liberação do aborto. Já existe uma lei que preserva a mãe em caso de risco e isso não se discute. Mas é importante fazermos a defesa da vida em todas as suas fases”, disse.

O Estatuto do Nascituro tramita atualmente na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados. A proposta define que a vida começa na concepção. O objetivo do projeto é estender ao feto direitos que hoje são garantidos apenas aos já nascidos, como o direito à vida, à saúde, à honra, à integridade física, à alimentação e à convivência familiar. Entre outros aspectos, a preposta endurece a legislação e dificulta a realização do aborto até mesmo em casos de estupro.

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Com informações de Agência Brasil.