A fotógrafa islandesa Sigga Ella tem uma tia com síndrome de Down – o que é muito significativo em um país em que o índice de abortos de bebês diagnosticados com a condição se aproxima de 100%. Para combater o preconceito e a eugenia de que os portadores da síndrome têm sido alvos, Ella resolveu produzir uma série de retratos chamada First and foremost I am – “Antes de tudo e mais do que tudo, eu sou”.
A fotógrafa clicou 21 portadores de Síndrome de Down com idades entre 9 meses e 60 anos. O número é simbólico, já que a condição se origina de uma trissomia no cromossomo 21. Ela espera que as fotos ajudem a destacar “a beleza e a diversidade da humanidade” e faça pensar sobre se um futuro sem essa diversidade é desejável.
O título da série veio de um artigo escrito por Halldora Jonsdottir, uma portadora da síndrome, publicado em um jornal do país. Jonsdottir, de 30 anos, aparece em uma das fotos de Ella. As fotos foram tiradas em 2013 e 2014, estiveram em exposição em um museu na capital do país, Reykjavik, e em outros museus da Europa.
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O caso da Islândia chegou a ser citado como exemplo na vizinha Irlanda em janeiro deste ano. O obstetra Peter McParland, diretor do National Maternity Hospital, elogiou a Islândia por alcançar uma quase “erradicação” da síndrome de Down através do aborto e disse que esse é o “futuro” que aguarda também a Irlanda. A declaração foi feita em uma conferência na Assembleia Cidadã, um órgão consultivo que produz informes para uso do Parlamento.
Confira algumas das fotos da série:
Com informações de CNN e Infocatólica.
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