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Um estudo de pesquisadores da University of California San Francisco (UCSF), que tinha por objetivo demonstrar que o aborto não causa nenhuma repercussão psicológica negativa para as gestantes, tem sido criticado por tirar conclusões que não refletem os dados obtidos. O estudo, publicado em dezembro no Journal of the American Medical Association Psychiatry, envolveu 917 mulheres que procuraram aborto, tendo-o realizado ou não.

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Segundo a pesquisa, uma semana depois de buscado o aborto, as mulheres que não o conseguiram realizar – na maioria das vezes por estar com a gestação avançada – reportaram ter sentido maior ansiedade e menor autoestima e satisfação do que as que obtiveram o procedimento. Os efeitos negativos teriam então se dissipado depois de seis meses.

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Assim, os pesquisadores concluíram não apenas que o aborto não causa efeitos psicológicos nocivos, mas que não existe nenhum tipo de síndrome pós-aborto. Além disso, afirmaram que, ao contrário, ter um aborto negado tem efeitos psicológicos negativos. Mas os resultados têm sido objeto de refutações.

O doutor Randall K. O’Bannon, diretor de educação da associação National Right to Life, apontou o fato de que apenas 40% das mulheres contatadas aceitaram o convite para participar do estudo. Além disso, cerca de um terço das participantes tinha buscado o aborto há menos de cinco anos, quando é necessário mais tempo para avaliar o impacto psicológico da escolha.

“Sabemos que há mulheres que têm respostas psicológicas negativas sérias ao aborto realizado, às vezes depois de um ano ou dois, mas a maioria muitos anos depois”, afirmou O’Bannon. É comum que as reações se apresentem dez anos depois ou até mais, comumente quando a mulher está planejando ter um filho ou acabou de ter um.

Usando os próprios dados do estudo, O’Bannon mostrou que a ansiedade e os níveis de satisfação das mulheres que tiveram o aborto negado permaneciam os mesmos logo após a recusa a realizar o procedimento, e só mostravam piora alguns dias depois. Para ele, isso não é nenhuma surpresa, já que, tendo lhes sido negado o aborto, elas precisam readequar seus planos. “Muitos desses efeitos desapareceram com a chegada dos bebês”, disse.

Segundo O’Bannon, a síndrome pós-aborto não ocorre com toda mulher que aborta, mas “é uma consequência séria e agonizante que ocorre com algumas delas, como sabemos por experiência. As mulheres que pensam em abortar precisam estar cientes de que essa é uma reação real e dolorosa que muitas mulheres de fato desenvolvem”.

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Com informações de LifeSiteNews.

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