Por volta de 50 leis em defesa da vida do nascituro foram aprovadas nos últimos meses em diferentes estados dos Estados Unidos. As medidas envolvem novas proibições e restrições em relação ao aborto e obrigações de relatórios médicos em determinadas situações.
Montana, Ohio, Iowa, Dakota do Sul e Tennessee, por exemplo, aprovaram leis que proíbem o aborto depois de 20 semanas de gestação. Além disso, dez estados proibiram o aborto justificado apenas pelo sexo do bebê. Já Oklahoma e Ohio aprovaram leis exigindo o consentimento dos pais do bebê.
Para o jornal especializado em política norte-americana The Hill, a tendência se deve ao grande número de republicanos, tradicionalmente associados com o movimento pró-vida, que assumiram o governo dos estados americanos com as eleições de 2016. Atualmente, dos 50 estados, 33 são governados por republicanos e apenas 16 por democratas. O governador do Alasca é um político independente.
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O Missouri aprovou no fim de julho uma lei que exige que os médicos informem detalhadamente três dias antes do procedimento as mulheres todas as possíveis complicações que o aborto pode causar. Indiana, Oklahoma e Ohio proibiram o aborto justificado por características do feto. E o Kansas e a Virgínia Ocidental tornaram obrigatório o consentimento dos pais no caso de menores de idade que desejam o aborto.
Já o Texas aprovou duas novas normas que têm o objetivo de combater o aborto no estado. Uma delas exige dos médicos que informem sobre menores de idade que se submetam a abortos e outra determina que eles reportem à comissão de saúde do estado qualquer complicação que enfrentem no procedimento.
País
Em conversa com o The Hill, Sue Swayze, diretora do National Pro-Life Women’s Caucus (“Convenção Nacional de Mulheres Pró-Vida”), analisou a possibilidade de mudanças em nível federal em relação ao aborto. “Por um lado, é uma proposta emocionante”, disse ela. “Por outro, é improvável enquanto não tivermos mais um ou dois Gorsuch na Suprema Corte”.
Neil Gorsuch é o primeiro ministro da Suprema Corte a ser nomeado pelo presidente Donald Trump. Ele preencheu a vaga que havia ficado aberta com a morte de Antonin Scalia, em fevereiro de 2016. A Suprema Corte dos EUA tem apenas nove cadeiras. Trump prometeu que nomearia apenas juízes pró-vida para a casa.
Com informações de The Hill.
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