A fé dos líderes: em que creem alguns dos políticos mais importantes do mundo
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Barack Obama

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O ex-presidente dos Estados Unidos da América declara-se cristão protestante e por muitos anos frequentou a United Church of Christ, de Chicago, professando uma fé diferente de sua mãe. Quando foi eleito pela primeira vez presidente, em 2008, mudou para Washington e algumas notícias da época mostram que um ano após sua posse ele e sua família ainda procuravam uma nova igreja para frequentar. Apesar disso, Obama está longe de ser visto pelos norte-americanos como um evangélico fervoroso, já que assume e defende posições bastante contrárias a princípios cristãos básicos, como é o caso de seu apoio ao casamento gay e ao aborto legalizado, em qualquer circunstância.

Além dessas polêmicas, durante sua primeira candidatura, também, houve quem dissesse que ele era muçulmano, devido às suas origens, o que foi negado por Obama em diversas entrevistas.

 

Rainha Elizabeth II

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Sua posição de monarca do Reino Unido a torna, automaticamente, a Governadora Suprema da Igreja da Inglaterra, título que, em tese, a coloca como líder da Igreja Anglicana, embora, na prática, trate-se de uma função mais cerimonial do que de poder. Elizabeth II nunca escondeu de seus fiéis o fato de ser uma mulher bastante religiosa. No início deste ano, por exemplo, ela publicou um livro em que mostra a importância de Cristo em sua vida, e no qual lamenta a perseguição sofrida por cristãos no Oriente Médio. Desde que foi coroada rainha em 2 de junho de 1953, ela fez diversas manifestações públicas sobre sua fé cristã.

 

Ângela Merkel

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Embora seja filha de um pastor luterano e tenha liderado o grupo político dos democratas-cristãos na Alemanha, Ângela Merkel sempre foi discreta em relação à sua prática religiosa, o que não a impediu de dar poucas, mas contundentes declarações sobre fé. Em 2015, durante uma entrevista, quando lhe perguntaram o que ela pensava sobre o risco de islamização da Europa, ela respondeu que a melhor solução era “ter coragem de ser cristãos, de fomentar o diálogo, de voltar à igreja e de se aprofundar de novo na Bíblia”.

 

Maurício Macri

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O presidente argentino declara-se católico, embora esteja longe de ser um observador rigoroso da moral da Igreja no que diz respeito à indissolubilidade do matrimônio. Macri se divorciou duas vezes e está em seu terceiro casamento. Ele e o papa Francisco tiveram sérias divergências no passado. Quando Bergoglio era arcebispo de Buenos Aires, e Macri ocupava o cargo de prefeito, eles estiveram em lados opostos no debate sobre casamento gay. Macri apoiava a legalização e Bergoglio condenava. Já no que diz respeito ao aborto, a posição de Macri se alinha ao da Igreja Católica. Em declarações recentes, já como presidente da Argentina, ele disse que pedia a ajuda de Deus para “defender a vida desde a concepção”.

Também é fato conhecido pela imprensa argentina que, desde 2010, Macri e sua família adotaram práticas budistas.

 

Michel Temer

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Já faz parte do folclore nacional apontar Temer com um homem “sinistro”. Boatos e piadas já o rotularam de ocultista e até satanista, acusações negadas pelo presidente diversas vezes. Já a relação com a maçonaria é verídica. Lideranças maçônicas o citam abertamente como o membro mais ilustre da sociedade no Brasil, embora admitam que ele “está inativo”. De fato, Temer nunca negou ser maçom, nem confirmou.

Contudo, ele cresceu num ambiente católico maronita, uma ramificação do catolicismo à qual pertencem muitos habitantes do Líbano, país de onde vieram seus pais. Numa entrevista à revista Rolling Stone, em 2009, Temer disse: “Sou tradicionalmente religioso, mas não praticante”.

 

François Hollande

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O presidente francês declara-se católico, mas em praticamente todos os assuntos morais mais polêmicos alinha-se com o ideário do grupo político ao qual pertence, o Partido Socialista. Em 2013, sua relação com a Igreja Católica ficou bastante abalada já que a legalização do casamento gay na França ocorreu com seu apoio. Ele também já deu declarações considerando o aborto e a eutanásia aceitáveis.

 

Rei Felipe VI

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O monarca espanhol, assim como toda a família real, é católico e cumpre seu papel em todas as celebrações religiosas oficiais. Um de seus títulos, inclusive é o de “Sua Católica Majestade”. Apesar disso, em 2014, quando foi coroado, ele optou por não fazer referências religiosas na cerimônia, o que foi bastante criticado pelos católicos do país.

 

Vladmir Putin

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Cristão ortodoxo, Putin tem dado demonstrações de que assumiu valores conservadores defendidos pela igreja a qual pertence. Somente neste seu último mandato, ele proibiu a propaganda de clínicas de aborto no país – embora o aborto permaneça legalizado -, restringiu o acesso a sites de pornografia e a atividade de grupos promotores da agenda LGBT. Apesar dessas ações, muitos analistas desconfiam da legitimidade das convicções de Putin, alegando tratar-se apenas de populismo para atrair o apoio do povo russo, que é bastante religioso.

 

Theresa May

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A primeira-ministra do Reino Unido é filha de pastor anglicano e frequenta regularmente as celebrações religiosas. Apesar disso, como parlamentar, foi alvo de severas críticas de eleitores cristãos. Em 2002, votou contra a adoção gay, mas em 2004 apoiou a introdução da união civil homossexual. Em junho de 2010, escreveu que deve haver uma “mudança cultural” na Inglaterra para superar a homofobia. Em 2008, May votou pela redução do limite da idade do feto para o aborto de 24 para 20 semanas.

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