Uma igreja do século XIII em Zagreb, a capital croata. (Bigstock)| Foto:

A Croácia, quem diria, chegou à final da Copa do Mundo de 2018. Neste domingo, a seleção conhecida por seu uniforme xadrez enfrenta a França e pode ser campeã mundial de futebol pela primeira vez – desde que o Uruguai ganhou a copa, em 1930 e 1950, que um país tão pequeno não chegava lá. Os olhos do mundo todo, é claro, se voltaram para o país balcânico, parte da ex-Iugoslávia. E há muita coisa interessante para descobrir sobre essa nação, também quando o assunto é família, defesa da vida e religião. Confira:

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  1. A Croácia está na expectativa de alterar a legislação sobre o aborto – provavelmente para melhor

Em 2017, a Corte Constitucional do país reconheceu, após 26 anos arrastando a decisão, que a lei do aborto instituída durante o regime comunista, em 1978, é inconstitucional. A corte então emitiu uma decisão exigindo que o parlamento mude a lei sobre o aborto dentro de dois anos. Atualmente, o aborto é permitido na Croácia até dez semanas de gestação. Com a chance de alterar essa legislação, o movimento pró-vida tem organizado marchas multitudinárias e procurado fazer valer a defesa da vida do nascituro.

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  1. O casamento homoafetivo é inconstitucional

Na Croácia, o casamento entre pessoas do mesmo sexo é inconstitucional, graças a uma alteração feita na constituição do país em 2013 através de um referendo. É regulamentada, no entanto, a união civil homoafetiva. Além disso, a Croácia é um dos poucos países – são 5, todos europeus – que permitem a adoção de crianças por casais homoafetivos mesmo sem reconhecer essas uniões como casamentos.

  1. A Croácia é o território mais católico da ex-Iugoslávia

A antiga Iugoslávia contava dentro do seu território com uma grande diversidade religiosa, com significativas parcelas de católicos, ortodoxos e muçulmanos. Com a sua desintegração, a Croácia é quem representa o território mais católico de toda a ex-Iugoslávia: 86% da população é católica, de acordo com dados de 2011.

  1. O técnico da seleção credita tudo à sua fé
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Zlatko Dalić, o técnico que levou a seleção croata à sua primeira final em uma Copa do Mundo, é profundamente católico. Ele já disse em entrevistas que a fé é a base de toda a sua carreira. “Levo sempre um terço comigo. Quando sinto que estou em um momento difícil, ponho a mão no bolso, seguro firme no terço e logo tudo fica mais fácil”, contou.

  1. A região da Croácia foi uma das primeiras em que o cristianismo foi implantado

A região onde hoje fica a Croácia era conhecida na Antiguidade como Dalmácia. O Novo Testamento menciona que um discípulo de Paulo, Tito, viajou até ali – e talvez tenha até morrido na região. Na época de Jesus, existiam comunidades judaicas na Dalmácia e alguns dos seus membros se tornaram cristãos nas primeiras décadas da atividade missionária da Igreja.

  1. O povo croata deve a sua evangelização em parte à? França!

O povo croata, porém, chegou à região no século VI e provavelmente praticava religiões tribais. Foram os nativos da região, junto com missionários bizantinos e beneditinos, que converteram a população ao cristianismo. Curiosamente, uma parte desses beneditinos vinha justamente da rival da Croácia nesta final: a França.

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  1. A região deu importantes santos à Igreja Católica

Um santo importantíssimo nasceu na região da Dalmácia: São Jerônimo, que traduziu a Bíblia do grego e do hebraico para o latim, dando origem à versão conhecida como Vulgata. Outro santo famoso proveniente da Croácia, bem mais recente, é o capuchinho Leopoldo Mandic – que o Papa Francisco quis honrar como modelo de misericórdia durante o Ano Santo de 2015-2016 pedindo que os seus restos mortais fossem venerados na Basílica de São Pedro, ao lado dos de São Pio de Pietrelcina.

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