Easter Egg Roll, na Casa Branca.  (Crédito: divulgação/Casa Branca)
Easter Egg Roll, na Casa Branca. (Crédito: divulgação/Casa Branca)| Foto:

Ao longo da história, povos de todo o mundo adicionaram à principal festa cristã elementos lúdicos que se desenvolveram de forma paralela à solenidade prevista nas cerimônias religiosas da Páscoa. A motivação desses eventos nem sempre tem algo a ver com a ressurreição de Cristo. Algumas se tornaram celebrações cívicas oficiais, quase sempre dedicadas às crianças, como o Easter Egg Roll, nos Estados Unidos. Outras parecem apenas aproveitar a festa religiosa como um boa oportunidade de reunir os amigos e a família para momentos de diversão.

 

Estados Unidos

Crédito: Casa Branca/divulgação Crédito: Casa Branca/divulgação

Em Washington, nos Estados Unidos, acontece todos os anos o evento The White House Easter Egg Roll: na segunda-feira após a Páscoa, o gramado da Casa Branca é o palco de uma corrida em que as crianças devem rolar seus ovos de páscoa com uma grande colher, seguido de um grande piquenique que reúne centenas de famílias. O evento começou em 1814, no gramado do Capitólio, e em 1877 passou a ser realizado na residência do presidente dos Estados Unidos que, tradicionalmente, participa lendo histórias para as crianças e atuando como juiz das competições. Cantores e personalidades da mídia também costumam marcar presença.

Veja imagens do Easter Egg Roll de 2013:

 

 

Itália

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Na Itália, uma tradição mantida na cidade de Florença diz que durante a primeira cruzada, em 1096, o cavaleiro Pazzino de’ Pazzi foi o primeiro a fincar o estandarte da cruz entre as muralhas de Jerusalém. Pelo feito, recebeu como presente alguns fragmentos de rocha do Santo Sepulcro. Ao voltar a Florença, as pedras foram usadas para acender o Fogo Santo da Vigília Pascal e desfilaram pela cidade em uma carruagem ricamente decorada. Atualmente, a cerimônia do Scoppio del Carro (Explosão do Carro) segue a forma adotada por volta do século XIV: no domingo de Páscoa, um grande vagão é puxado por bois brancos pelas ruas do centro da cidade, até a frente da catedral. Quando se começa a cantar o Glória dentro da igreja, o cardeal-arcebispo acende, com o fogo produzido a partir das pedras do Sepulcro, um foguete em forma de pomba que chega até o vagão através de um fio metálico, dando início a uma grande explosão de fogos de artifício.

 

Alemanha

Crédito: Wikimedia Commons Crédito: Wikimedia Commons

Na Alemanha, são muito comuns os ovos cozidos decorados que habitualmente são escondidos nos jardins pelos adultos para que as crianças os encontrem. A própria preparação dos ovos é considerada um ritual familiar que exige uma série de processos cuidadosos, envolvendo o uso de tintas comestíveis a habilidade de pintar usando finos bastões. Para as crianças, é o coelho da páscoa quem traz os ovos que surgem em seu gramado. Na culinária, o Osterlamm, literalmente “cordeiro da Páscoa”, chama a atenção por não se tratar de um cordeiro assado, mas sim de uma massa, geralmente doce, assada em fôrmas especiais que a deixam com a aparência de cordeiro. Trata-se de um tradição judaica que os cristãos assimilaram já que a imagem do cordeiro pode simbolizar tanto os sacrifícios relatados no Antigo Testamento como o próprio Jesus Cristo.

 

Dinamarca

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Os dinamarqueses têm a Gækkebreve, brincadeira que consiste em distribuir, no domingo de Páscoa, cartas aos convidados para o almoço ou de um encontro com amigos. Os envelopes têm de ser manualmente decoradas e trazer rimas. Se o destinatário do bilhete descobrir quem o escreveu, ganha o direito de receber um ovo de páscoa do remetente, e se errar, o destinatário é quem tem que dar o ovo. Na Dinamarca, contudo, os ovos de páscoa industrializados não fazem tanto sucesso quanto no Brasil. Os artesanais ou mais refinados, feitos de chocolate puro, é que são os preferidos.

 

Leste Europeu

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Na Eslováquia e na Polônia, o dia após a Páscoa é conhecida como Śmigus-Dyngus, “segunda-feira molhada”. Aos olhos de um estrangeiro, trata-se apenas de uma brincadeira, típica de crianças e adolescentes, em que um grupo tenta molhar o outro com baldes ou pistolas d’água. No entanto, para quem nasce no leste europeu, é um costume milenar. Os mais ortodoxos exigem, inclusive, que se use a vestimenta adequada – de colono – para participar da tradição.

Veja cenas de pessoas comemorando a Śmigus-Dyngus.

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