Crédito: Bigstock| Foto:

Neste mês, escolas, igrejas, clubes e várias comunidades de todo o Brasil entram no clima de Festa Junina. A estética da comemoração todos conhecem. São bandeirinhas coloridas, roupas e músicas caipiras, fogueira e comida típica. A origem da festa, contudo, não é assim tão conhecida.

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As folias de junho, que não têm data fixa e, na prática, podem ocorrer em qualquer dia do mês, fazem referência aos santos católicos Santo Antônio, São João Batista e São Pedro, cujas festas litúrgicas se celebram neste mês. Há vários outros santos que também são lembrados no período, mas esse trio é certamente o mais popular há séculos, pelo menos na cultura portuguesa.

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Embora a tradição de comemorar com festa o dia desses santos tenha vindo com os colonizadores, a versão brasileira ganhou características únicas, graças à fusão com os costumes locais. É daí que vem a predileção por guloseimas feitas à base de milho, abóbora, amendoim e outros alimentos que sempre fizeram parte da dieta indígena e que foram adotados pelos primeiros portugueses a chegar aqui. As roupas quadriculadas, remendadas e os chapéus de palha têm a ver com a realidade rural do Brasil no tempo em que essas festas se espalharam pelo país.

Antiguidade

A origem cristã das festas juninas tal como as conhecemos é inegável, mas, antes de tomarem essa forma, povos muito antigos do hemisfério norte já tinham o costume de festejar em junho o solstício de verão para comemorar o início da colheita. Pesquisadores identificaram esse hábito principalmente entre celtas e egípcios.

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Conforme o cristianismo foi se expandindo pela Europa, essas celebrações foram ganhando novos significados, menos pagãos, e as festas passaram a ser promovidas pela própria Igreja Católica com foco nos santos desse mês.

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Alguns estudiosos consideram, inclusive, que o nome “junina” não tenha a ver necessariamente com o mês de junho, mas sim com o nome de São João Batista. As festas, segundo essa versão, seriam “joaninas” e o nome foi se adaptando conforme o passar do tempo.

Quadrilha

A tradicional dança de quadrilha, item obrigatório numa autêntica festa junina, seria uma adaptação plebeia das chamadas contradanças dos salões aristocráticos da França, no século XVII. Nessas danças vários casais seguiam uma série de movimentos coreagrafados com ritmos alegres.

Quando a dança veio para o Brasil, algumas palavras francesas usadas para guiar os passos acabaram virando apenas gritos festivos. É o caso de “anarriê”, quem vem do francês “en arrière”, que significa simplesmente “para trás”.

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