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Uma mãe do estado de Oregon, nos Estados Unidos, ficou famosa no país por doar seu leite materno. Embora o ato em si não seja incomum, o volume doado é que surpreende. É que Elisabeth Anderson-Sierra extrai algo em torno de 6,5 litros de leite por dia, sem contar a quantia necessária para alimentar a pequena Sophia, de seis meses. Doadora há pelo menos dois anos, essa supermãe calcula ter fornecido cerca de 600 galões de leite a crianças necessitadas.

O relato de Elisabeth, compartilhado pela página Breastfeeding Mama Talk, do Facebook, já ultrapassou 2,6 mil compartilhamentos. Nele, ela conta que ao engravidar de seu primeiro filho passou a se interessar em conteúdos sobre extração de leite e doação. Mesmo não sabendo como seu corpo se comportaria em relação à produção de leite, ela já queria ajudar outras pessoas de alguma forma.  Assim, se inscreveu no Tiny Treasures Milk Bank, em sua cidade e após um rigoroso processo ela passou a colaborar com eles. Pesquisando sobre o trabalho que esse banco de leite fazia, ficou encantada e tocada, principalmente nas pesquisas relacionadas ao câncer, já que teve muitos casos em sua família.

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Quando então veio o segundo filho, Elisabeth manteve-se no propósito de ajudar. Em entrevista à revista People, ela disse que o trabalho de parto de Sophia durou 30 horas e devido à exaustão, ela não conseguia amamentar a pequena que teve que receber leite doado. Mas, curiosamente, após estar recuperada, ela desenvolveu hiperlactação, que é a produção em excesso do leite materno. O que poderia ser um transtorno, para ela foi mais um motivador e ela passou então a ser uma doadora em tempo integral.

Agora, metade do leite excedente produzido por ela é doado a bancos de leite e a outra metade vai para mães locais. E embora o banco de leite lhe pague 1 dólar a cada 30 ml recebidos, ela reverte todo o valor recebido na própria extração de seu leite, já que o custo de manutenção dessa doação é caro. Elisabeth tem em casa três geladeiras, precisa higienizar os equipamentos que usa no bombeamento e além disso tem diversas questões extras que envolvem esse ato de amor.

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“Provavelmente, o preço mais caro que pago para doar leite é o meu tempo. O meu tempo de lavagem e esterilização, instalação do equipamento para bombear, ensacamento de leite, pesagem do leite, rotulagem, disposição para congelar, organizar e armazenar o leite. Tempo gasto com a qualificação do meu leite e organização de doações locais. Este é o tempo longe da minha família, meus filhos! Eu também não posso simplesmente tirar um dia de folga. Eu não estou reclamando, esta é a minha escolha e eu realmente amo o que eu faço, mas sinto que o lado dos doadores raramente é falado”, desabafa na publicação.

 

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