Com tecnologia 100% brasileira, robô se movimenta sozinho e tem expressões faciais (sorri e pisca).| Foto: Divulgação
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Com 1,5 m de altura e tecnologia 100% brasileira, Robios é o mais novo integrante da equipe de humanização do Hospital Universitário Cajuru, em Curitiba. Da família dos “robôs humanos”, ele tem ajudado a conectar pacientes e familiares enquanto as visitas hospitalares estão suspensas para conter o avanço da Covid-19.

“O Robios chegou para a gente no começo de abril para ajudar na triagem autônoma de pacientes, mas como tinha acabado de estourar a crise do coronavírus, nós vimos a oportunidade de usar as habilidades dele para outro tipo de interação”, conta José Augusto Ribas Fortes, diretor técnico e gerente médico do hospital. Em abril, a chegada do Robios para auxiliar os médicos contra o novo coronavírus foi contada em matéria publicada no Gazz Conecta, a plataforma de inovação da Gazeta do Povo.

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Segundo Fortes, o robô se movimenta, tem expressões faciais (sorri e pisca) e pode ser facilmente acoplado a equipamentos eletrônicos como tablets, celulares e computadores. Totalmente programável, é operado à distância por um funcionário – o que diminui o entra e sai nos leitos e, consequentemente, o risco de contágio. “Isso aumenta a segurança dos pacientes e também da equipe médica”, ressalta.

Robios tem sido usado por pacientes idosos e acamados de longa permanência, que geralmente sentem mais falta de companhia. As chamadas costumam durar, em média, 15 minutos e são intermediadas pela Pastoral Hospitalar do Cajuru. “O médico faz o primeiro contato com a família, para passar as informações sobre o estado de saúde do paciente, e depois a gente entra e propõe a conversa virtual”, explica Tiago Mendes Machado. “O resultado tem sido muito positivo”, completa.

“Ele [o robô] tem um monitor e permite que os pacientes vejam com quem estão falando. A sensação é de que realmente estão conversando com a pessoa, tornando o contato mais humanizado”, destaca Fortes. Além de minimizar os efeitos negativos da internação, a prática da “televisita” também tem diminuído a aflição dos familiares, que queriam ver os parentes internados e não podiam.

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O robô também tem ajudado na manutenção do trabalho filantrópico de equipes de voluntariado que visitavam o hospital e possibilitado que datas importantes não passem em branco nos quartos e Unidade de Terapia Intensiva. “Quando um paciente está de aniversário, a equipe da pastoral liga para a família e todos cantam parabéns juntos”, diz José Augusto Ribas Fortes.

Robô sendo usado por equipe de palhaços voluntários. Crédito: Divulgação

Ainda pelo que afirma o responsável, a ideia é que o uso terapêutico da tecnologia seja mantido mesmo quando a pandemia acabar. “A gente sabe que nada substitui a presença física das pessoas, mas é uma improvisação em um momento de crise, que tem dado certo. Enquanto na visita convencional podem entrar uma ou duas pessoas por vez, com o robô nós podemos reunir várias pessoas no mesmo quarto”, garante.

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