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Os pesquisadores concordam que a felicidade pessoal começa a aumentar em uma certa idade – embora a idade específica gere algum debate. Mas a famosa crise da meia-idade é algo que você provavelmente já pode ignorar. Uma nova pesquisa da Universidade de Alberta sugere que não existe algo como uma crise da meia-idade, mas sim um êxtase da meia-idade. As pessoas pesquisadas estavam mais felizes aos quarenta e tantos do que no começo da vida adulta.

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Nancy Galambos, professora de psicologia e coordenadora da pesquisa, diz que a fase dos vinte aos trinta anos são um período incerto, em que as pessoas procuram carreiras e decidem as coisas. “Há muita incerteza. Mas na meia-idade, muitas pessoas já trabalharam bem isso e estão bastante satisfeitas em seus primeiros anos como pais”, diz ela. “Eu penso que a crise da meia-idade é um mito”, afirma.

Para a pesquisa, que foi publicada no periódico Developmental Psychology, estudantes de ensino médio foram acompanhados durante 25 anos e estudantes universitários por mais de 14 anos, devendo responder de tempos em tempos à pergunta: “O quão feliz você está com a sua vida?” O nível de felicidade caiu levemente entre os 32 e os 43, mas mesmo assim continuava maior do que na adolescência e na juventude. Era maior quando eles estavam casados, saudáveis e empregados.

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A trajetória da felicidade ao longo da vida já havia sido descrita de várias maneiras, mas geralmente como um grande U. De acordo com essa teoria, bastante divulgada por veículos como a revista The Economist por volta de 2010, a alegria começaria a cair depois dos anos de juventude, tornando-se depois estável. Por volta dos 50, contudo, começaria a crescer cada vez mais.

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A psicóloga Suzane Phillips recapitulou algumas das teorias sobre por que envelhecer – o que pode incluir alguns aspectos negativos, como tornar-se mais frágil – não interrompe a trajetória ascendente da felicidade. Isso pode acontecer devido a um olhar mais amplo e uma maior inteligência psicológica para lidar com a vida; expectativas mais baixas; um grande senso de realização; maior consciência do valor de viver cada momento; melhor habilidade para gerenciar altos e baixos; e até mesmo menos necessidade de se preocupar em agradar os outros.

Os pesquisadores estabelecem essas idades de forma levemente diferente, mas a teoria da curva em U permanece basicamente a mesma. No ano passado, um estudo da Universidade de New South Wales, na Austrália, apontou a idade de 80 anos como a mais feliz. Uma das hipóteses diz que pessoas infelizes não vivem tanto assim.

Mas, além de Galambos, outros especialistas são céticos com a curva em U. Steven Mintz, historiador social da Universidade do Texas, vira de ponta-cabeça a curva e vê um pico de plenitude na meia-idade, quando as pessoas costumam ter mais responsabilidades –o que significa mais oportunidade de fazer contribuições significativas.

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“Em termos de uma vida cheia de sentido, você está mais propenso a sentir isso na meia-idade do que em qualquer outro período da vida”, diz ele. “De fato, a meia-idade é verdadeiramente o ápice da vida.”

Com informações de Deseret News.

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