O Ministério da Saúde divulgou esta semana dados de uma pesquisa telefônica com mais de 2 mil pessoas para entender como os brasileiros enfrentam o isolamento durante a pandemia da Covid-19.
Entre os dados apurados, a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico COVID-19 (Vigitel) mostrou que 35,3% dos entrevistados afirmaram sentir falta de interesse em fazer coisas rotineiras nas duas semanas anteriores à pesquisa; 32,6% disseram se sentir para baixo ou deprimido; 30,7% se sentiram cansados, com pouca energia; 17,3% descreveram lentidão para se movimentar ou falar ou estar muito agitado ou inquieto; 16,9% relataram sentir dificuldade para se concentrar nas coisas e; 15,9% disseram se sentir mal consigo mesmo ou achar que decepcionou pessoas queridas.
Outro resultado a que se chegou o Ministério da Saúde foi de que, durante o isolamento, 41,7% dos entrevistados apontaram distúrbios do sono, como dificuldade para dormir ou dormir mais do que de costume e 38,7% relataram falta ou aumento de apetite.
Sobre as práticas de higiene recomendadas para a prevenção da contaminação pelo novo coronavírus, a pesquisa apontou que o porcentual de adultos que relataram higienizar as mãos e objetos tocados com frequência foi maior em mulheres (88,6%).
A pesquisa tem sido realizada periodicamente e o monitoramento sistemático dos riscos em saúde pública auxilia os gestores na adoção de medidas, de modo a reduzir o número de pessoas afetadas.