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Muitas localidades do Brasil já decretaram que shoppings, parques, cinemas, bares e outros lugares de grande circulação permaneçam fechados até segunda ordem. Outras localidades ainda não proibiram o acesso a estabelecimentos como esses, mas já recomendam que só se saia de casa quando necessário. Afinal, se as escolas suspendem as aulas e muitas empresas adotam o home office, trata-se de uma estratégia de distanciamento social e não de férias. E é preciso levar isso a sério: o número de mortos pela Covid-19 no mundo todo chegou a 10 mil nesta sexta (20).

“Nós só vamos conseguir diminuir a velocidade com que novos casos aparecem se não transmitirmos o vírus de uma pessoa para outra. A transmissão se dá pelo contato, por isso o isolamento é necessário”, explica a médica Raquel Stucchi, consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia. “E por que diminuir a velocidade? Porque se tivermos mil casos em dois dias, teremos trezentas pessoas precisando de UTI ao mesmo tempo. Não temos esses leitos. Se tivermos os mesmos mil casos ao longo de 14 dias, o sistema de saúde, tanto público quanto privado, consegue se adequar e assim salvar vidas”.

O coronavírus pode ficar incubado por pelo menos cinco dias – e em casos raros por até 14 dias – em nosso organismo sem que os primeiros sintomas apareçam. Por isso, a não ser que nos coloquemos em quarentena por pelo menos 14 dias, não sabemos se somos transmissores ou não do vírus – para o qual ainda não há medicamentos que o combatam ou vacinas que o previnam. Daí a importância de só sair de casa em caso de necessidade.

Caso de necessidade não é visitar um amigo, ir à igreja nem fazer pilates. “Sair em caso de necessidade é sair para comprar alimentos, produtos de limpeza ou medicamentos”, indica a infectologista. E mesmo nesses casos, deve-se respeitar as regras de distanciamento social: banir aglomerações, não tocar em outras pessoas, manter dois metros de distância uns dos outros e tapar o rosto com o cotovelo se for preciso espirrar.

“Atividades ao ar livre que não concentrem pessoas são estimuladas”, esclarece Raquel. É necessário, porém, que se mantenham as mesmas regras de distanciamento social. Fazer pedidos de refeições por aplicativo ou telefone também está liberado: o importante é lavar bem as mãos, com água e sabão por ao menos vinte segundos, antes e depois de se alimentar.

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Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]