Com as facilidades da internet e o aumento das compras online, crescem também os golpes que podem causar enormes prejuízos.| Foto: Bigstock
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O mês de novembro é esperado pelos consumidores que aguardam os descontos oferecidos pelas lojas nessa época do ano. Só que com as facilidades da internet e o aumento das compras online, crescem também os golpes que podem causar enormes prejuízos. Para ajudar quem ainda não sabe como se proteger de situações desse tipo, o Sempre Família conversou com especialistas que dão algumas dicas.

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Antes de mais nada, é necessário refletir sobre o consumismo excessivo e como esse hábito pode fazer mal para as finanças e para o planeta, na opinião de Frederico Glitz, advogado, mestre e doutor em Direito pela UFPR. “O segundo aspecto é o endividamento. Tem que ter algum nível de organização do que eu quero e do que eu posso”, afirma ele, que ainda esclarece que a lei exige que o fornecedor passe dados precisos sobre preços e encargos de parcelamento.

O advogado defende que uma das formas de se proteger é fazer um trabalho prévio de pesquisa de preço. Até mesmo para não cair na velha história das falsas promoções, quando o lojista sobe o valor só para dar um desconto que, na prática, nem existe. “Comparar preços para ver se de fato a promoção é promoção e não técnica de venda. É o famoso 'a metade do dobro'. Há uma série de sites que fazem comparação de preços”, ensina.

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E os golpes?

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Com relação aos golpes, o ideal, segundo ele, é utilizar meios de pagamentos que possam ser suspensos e até cancelados. “Evite pagamentos como PIX, que você não consegue voltar atrás. Se a pessoa não está muito certa sobre a compra pode cancelar, como um boleto, para avaliar melhor”, orienta. Dessa forma o consumidor pode evitar enviar dinheiro a algum fornecedor que ele desconfia que possa não entregar o produto.

Glitz também lembra que o símbolo de um cadeado logo ao lado do endereço eletrônico do site é um bom indicativo sobre segurança. É o que pode ajudar a evitar que o consumidor seja vítima de golpes de captura de dados e clonagem de cartão. Mensagens de texto que chegam pelo celular, anúncios em e-mails também podem esconder golpes que passam batido pelo consumidor menos atento, reforça o advogado.

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Notificação de compra ajuda

Outra dica, nessas compras feitas pela internet, é utilizar um cartão virtual, que traz menos riscos com relação aos dados do cliente, segundo Guilherme Marques Moura, doutor em Ciências Econômicas e professor de Economia da Universidade Positivo. “Manter o cartão com a notificação de uso vale a pena, para perceber o golpe logo, e não só quando a fatura chegar. Assim você fica sabendo em tempo real dos gastos”, justifica. Caso alguém tente usar o cartão, é possível contestar a primeira tentativa de compra, e pedir o cancelamento do cartão.

Ele concorda que se informar a respeito dos preços antes de fazer uma compra impulsiva só porque o anúncio diz que o produto está com 50% ou 70% de desconto é uma forma de proteção. E ainda alerta que o mês de novembro pode sim ser uma boa oportunidade de comprar a preços menores, mas também é uma brecha para quem quer aplicar golpes. “Os golpistas aproveitam que os consumidores estão acostumados à época de promoções”, destaca.

O professor recomenda desconfiar, ainda, de vendedores que exigem pagamentos muito rápidos. É o comportamento típico, segundo ele, do golpista que usa aplicativos de mensagens. “Cobranças por e-mail ou mensagem de texto dizendo que há uma dívida também podem ser falsas”, adverte. Nesses casos o conselho é consultar o site da Serasa e buscar o local verdadeiro da possível origem da dívida, como o banco ou a empresa. “Nunca abra link de cobranças”, conclui.