A comunicação entre homens e mulheres nem sempre acontece da forma mais suave possível. Elas gostam de deixar as coisas subentendidas, eles precisam que a informação seja passada da forma mais clara possível. Veja como essa falta de entendimento sobre como o outro se comunica pode terminar em confusão:
Laura e Pedro resolvem passar o fim de semana no litoral. Saem de Curitiba na sexta à noite e convidam um casal de amigos que apareceria no sábado pela manhã. A esposa tem pressa. Quer chegar logo e tomar providências para receber bem os visitantes. Logo após a primeira praça de pedágio, passam por uma barraca de frutas. Laura comenta:
– Que bonita a banana!
Pedro concorda. Percorridos mais alguns quilômetros, surge outro ponto improvisado de vendas e Laura diz:
– Veja, Pedro, a banana está bem madurinha. Parece tão gostosa!
– Parece mesmo! – volta a concordar Pedro.
Pouco antes da chegada a Caiobá, mais uma banca de frutas. E novo comentário da Laura:
– Banana boa e com bom preço.
Pedro segue e, ao entrar na garagem do prédio, uma Laura aborrecida, bem diferente da moça animada do início da jornada, o acompanha.
Manhã de sábado. Hugo e Márcia chegam ao apartamento dos amigos e, assim que se livram da bagagem, notam que Pedro e Laura não estão se falando. Em particular, já na praia, Pedro conta a Hugo que Laura está chateada porque se sentiu ignorada.
– Não entendo, Hugo, vim o mais rápido que pude porque ela queria chegar logo. E mesmo assim ela está emburrada. Tem lógica?
Ainda no apartamento, Laura também desabafa:
– Ai, Márcia, queria tanto e ele não parou para comprar banana. Não é pela fruta que estou chateada, mas pela falta de atenção dele.
– Você pediu e ele disse não?
– Ah, eu falei três vezes. Não pedi para parar, assim, com todas as letras, mas era óbvio, não acha?
E agora?
Quem tem razão? As mulheres provavelmente vão achar que Laura deixou claro que queria parar e comprar banana. Já os homens dirão que, neste caso, bastava ter pedido.
Ninguém está errado. É que a chave de comunicação de homens e mulheres é diferente. Elas tendem a preferir dar pistas para que os homens “adivinhem” seus desejos; eles, em geral, trabalham, com uma linguagem objetiva. Foi o que Hugo e Márcia explicaram aos recém-casados. E, como bons amigos, recomendaram que cada um procurasse sempre entender o estilo de comunicação do outro. Por isso, agora, a Laura brinca com o Pedro cada vez que pega a estrada e quer dar uma paradinha:
– Tá bonita a banana!
É a senha. Mesmo que seja só para ir ao banheiro.
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