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O clima semelhante ao do Brasil faz com que a Austrália pareça ser um excelente destino quando se procura um novo país para morar. Claro que esse não é um fator determinante para quem esteja em busca de um novo começo. Quando não se vai sozinho e é a família inteira que vai embarcar nessa aventura, saber como as crianças irão estuda, por exemplo, conta muito. Ou talvez, saber como será o processo de pedido de residência permanente seja o primordial em toda a etapa de decisão.

Há anos a Austrália tem incentivado jovens brasileiros a estudarem em suas universidades por meio de programas de intercâmbio. Só que, encantados com o país, muitos dos que vão, sonham em não precisar voltar ao Brasil. Com muitas praias, clima semelhante ao do nosso país, mas com cidades muito mais desenvolvidas, a Austrália está em alta e se esse é o tipo de lugar que você gostaria de viver com a família, fique atento às dicas a seguir, fornecidas por Michel Sulzbach, diretor e sócio fundador da Bravo Migration, agência especializada em processos de visto para a Austrália.

 

Imigrar com toda a família: basicamente em todos os processos de imigração, seja ela temporária ou permanente, o aplicante principal (main applicant) pode incluir a família direta como dependentes. Família direta aqui, é entendida como esposa/marido e filhos. Em raras exceções, os pais desse aplicante primário podem ser incluídos como dependente

 

Sites oficiais X consultoria de imigração: para uma busca inicial de informações sobre os vistos e processos de imigração, os sites oficiais como o da Embaixada da Austrália no Brasil, podem ser muito úteis. Entretanto, assim como no caso da mudança permanente para o Canadá, sobre a qual falamos nesse texto, procurar uma consultoria especializada ou um agente de imigração é fundamental, isso porque os agentes são qualificados e têm experiência prática em diversas aplicações. Eles podem criar estratégias que mais se adaptem ao perfil do candidato. O site MARA – Migration Agents Registration Authority é o mais indicado para encontrar os agentes.

 

 Tipos de visto: cada caso é um caso, e a melhor opção de visto dependerá da situação específica de cada família. Para imigrar permanentemente para a Austrália, há três principais vistos.

  • Skill Select Program: por um sistema de pontos, o candidato é convidado a homologar um visto permanente caso ele atenda a todos os requisitos exigidos pela imigração. Existe uma série de fatores que devem ser considerados incluindo profissão, idade, tempo de experiência, nível de inglês, etc
  • Employment Nomination Scheme: feito para profissionais que conseguem uma proposta de trabalho em uma empresa australiana (comumente chamado de sponsorship). Existe o visto temporário que pode vir a se tornar permanente caso a empresa concorde em nomear o candidato a tal processo.
  •  Business and Investment Program: é para empresários ou investidores que tenham faturamento anual mínimo de AU$ 500.000 entre os últimos dois e quatro anos, e com patrimônio mínimo de AU$ 800.000

 

No Further Stay: os vistos temporários podem ser renovados dentro do país, a não ser que, no ato da aprovação, a imigração coloque a instrução “no further stay”, que quer dizer que a pessoa deve deixar o país para tentar um novo processo. Na tentativa de um visto permanente, que também pode ser feito de dentro do país, desde que o aplicante atenda a todos os critérios pedidos, caso o visto anterior tenha a instrução “no further stay”, pode ser que ela sofra algum impedimento.

 

Especificidades para filhos: há uma idade máxima para que o filho imigre como dependente, que é de 18 anos. Em casos excepcionais é que os filhos maiores de 18 anos podem ser incluídos no processo dos aplicante principal, mas nessas situações existe a limitação de 21 anos. Para as pequenas, não há idade mínima. Às vezes, segundo Michel, o casal engravida no meio do processo e o filho acaba entrando no processo logo após o nascimento.

 

Documentos: os documentos necessários vão depender do tipo de visto que está sendo requisitado. Para os de curta duração como turista ou estudante, é comum que a imigração peça a evidência de identificação pessoal, comprovação financeira e evidência de que a pessoa tem um motivo forte para retornar ao Brasil. Já os vistos mais longos como o de trabalho e o permanente, é preciso analisar cada caso, porque esse tipo de documentação é mais complexa por causa dos requerimentos extras. No site da Embaixada da Austrália do Brasil, há uma lista com os vistos e suas principais informações: . Novamente, uma consultoria pode ser útil nesse momento.

 

Tempo de espera: varia de acordo com o visto que esteja sendo solicitado. Os vistos curtos de turista, por exemplo, poder ser finalizados em dias ou mesmo poucos minutos! Mas os vistos permanentes, entretanto, podem levar cerca de um ano após a homologação dos documentos.

 

Valores: os vistos permanentes requerem um investimento maior do que os de turista ou estudante, por sua complexidade e propósito. Tomando como exemplo uma família composta do casal e dois filhos, o processo fica em torno de AU$ 13,000 incluindo os custos com taxas de governo e valores associados aos serviços profissionais de um agente de imigração registrado.

 

Educação para as crianças: se a família for buscar uma escola pública, uma dica é escolher a moradia dentro da “catchment área” da escola pretendida. É que na Austrália as escolas públicas são distribuídas por zoneamento, logo, as pessoas que moram na mesma região têm prioridade. Já as particulares e católicas (que são particulares, na teoria, mas são subsidiadas ficando mais baratas) têm um processo mais tranqüilo. O site deste link é um bom meio para pesquisa. Pode ser bastante útil!

 

Links úteis: Estes são os principais sites para te ajudar no início dessa aventura, rumo a Austrália:

Site da imigração;

Embaixada da Austrália no Brasil.

 

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