Viver em harmonia no casamento pode até parecer fácil no começo da vida a dois, mas, se não houver disposição diária do casal, a situação pode desandar e virar um pesadelo. Isso porque a vida conjugal requer escolhas diárias. É saber que tudo o que um faz impacta diretamente no outro, para o bem ou para o mal.
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Andrea Cobos, conferencista e mestre em Ciências da Família, e especialista em teologia do corpo, conta em uma masterclass gratuita, sete chaves que podem fazer com que o casal viva bem o casamento, ainda que os problemas apareçam vez ou outra. Para ela, a fé em Deus é ponto crucial nessa decisão de manter o casamento a salvo de situações que nós mesmos acabamos criando por egoísmo. Confira.
- Escolha amar
Quando se escolhe amar apenas uma pessoa no mundo, João Paulo II explica como esse sentimento deve ser: livre, fiel, total e fecundo. Andrea explica que o amor é livre porque ninguém é obrigado a dar ou receber amor e, se uma pessoa se permite fazer isso, é motivo de alegria para ela e para o outro. Ainda, o amor é fiel pois pessoas que se amam estão juntas nos bons e nos maus momentos. Amor é total porque a pessoa se dispõe a dar tudo que é, a abrir o coração, os sonhos e a privacidade para o outro. Por fim, o amor é fecundo, porque no casamento a vida conjugal origina vida biológica.
Um relacionamento se constrói a partir de decisões, tomadas em conjunto e individualmente. Aqui no Sempre Família também já tratamos desse assunto ao falar sobre decisões inteligentes que fortalecem a relação. Amar o outro e tornar essa relação uma prioridade faz parte do processo. - Escolha se comunicar melhor
Para qualquer relacionamento, seja de trabalho, de amizade ou o romântico, comunicação é essencial. Um casamento feliz também precisa disso. Assertividade é uma característica importante de quem se comunica bem, porque saber dizer o que sente e saber ouvir o outro é o que faz uma conversa fluir e chegar à solução dos problemas. Também já tratamos de comunicação eficaz aqui no Sempre Família. Confira. - Escolha cuidar e aumentar a intimidade entre o casal
A intimidade do casal engloba a vida sexual, a vida espiritual e a amizade. À medida em que o tempo passa, normalmente o casal se torna mais íntimo. A convivência permite a percepção de pequenos detalhes que revelam os traços mais característicos da personalidade do companheiro. Reprimir a sexualidade não contribui em nada para o conhecimento do outro. Se a entrega é de corpo e alma, o desejo de se doar e viver em comunhão é ótimo!
A intimidade espiritual é o que faz o casal dividir crenças, falar sobre a fé. E alimentar esse sentimento é o que faz as pessoas experimentarem um amor verdadeiro. - Escolha não cair na rotina
É o que mais acontece entre os casais. A rotina faz parte da vida de todos, mas isso não pode afetar o casamento. São os pequenos detalhes que podem fazer a diferença na vida de quem se ama. Podem ser palavras, gestos, abraços e até um programa a sós com o cônjuge, de vez em quando. Tentar manter viva a mesma emoção do início do relacionamento é o que permite que o casal goste de estar junto em todos os momentos. - Escolham ter um projeto de vida espiritual em comum
Ter alguém que acredite nas mesmas coisas que você é o que permite um relacionamento mais profundo com Deus. Tenha alguém que te apoie nesse projeto, que caminhe junto até esse objetivo comum. Nesse aspecto a comunicação também é relevante porque é preciso estar claro que esse é um projeto de vida. - Escolha curar suas feridas
Esperar que outra pessoa preencha um vazio não é bom. É preciso ter em mente que cada um é responsável pela cura dos próprios traumas e feridas. Com certeza uma ajuda profissional pode ser necessária em diversas situações, mas não se deve esperar que outra pessoa resolva isso por você. Estar bem consigo é estar mais próximo de Deus. É preciso curar as feridas do passado e não exigir do outro algo que ele ou ela não possa dar. - Escolha a paz e não a guerra
As diferenças entre o casal devem servir de alimento para que a relação seja complementar. Drama não ajuda em nada. É preciso ter sempre claro que o outro não faz o que faz com o intuito de machucar. A relação tem que ser madura a ponto de os envolvidos confiarem de olhos fechados no parceiro.
O ideal é que o casal se esforce para ficar junto, mas que isso seja algo prazeroso e não um tormento. Quando os conflitos surgirem, pense se você gostaria de ouvir o que diz para o outro. Escolha amar, estar com o outro, crescer junto, viver em paz e não na guerra.