O montanhismo passou a fazer parte da vida de Franciele Dãobroski (29) e Eduardo Pierin (27) quando o namoro começou, em 2012. Antes disso, eles tinham apenas curiosidade em relação a esportes de aventura e eventualmente participavam de algumas trilhas. Conforme o relacionamento foi ganhando forma, eles passaram a praticar o montanhismo com a instrução de um cunhado da Franciele, que já havia sido montanhista. Tornou-se um estilo de vida. O namoro virou noivado e a escolha do lugar para algumas das fotos do ensaio de casamento, não poderia ser diferente: uma montanha! O eleito foi o Pico Itapiroca, com seus 1.805 metros, na Serra do Mar paranaense, e o preferido do casal. As imagens foram feitas por eles mesmos, sem qualquer auxílio, durante uma manhã com sensação térmica de 0° grau, em junho deste ano.
Produzir as próprias fotos foi uma escolha feita por eles, por causa do orçamento que ficou apertado em decorrência da demissão do Eduardo, pouco tempo depois da data de casamento ser marcada. A cerimônia acontece em abril de 2018, na Praia do Rosa, em Santa Catarina. São os altos e baixos da vida que se assemelham às trilhas que eles tanto apreciam. Uma câmera semiprofissional, um tripé, duas mochilas cargueiras, vestido, terno e muita coragem foram necessários para que tudo saísse como o esperado. Ou quase. A ideia original era de usar as estrelas como plano de fundo dessa história de amor. Mas com as nuvens que apareceram de penetra nessa festa, o jeito foi espera o nascer do sol. O resultado foi incrível.
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Para isso, foi necessário planejamento e ajuda da tecnologia. “Como já conhecemos bem a trilha, fizemos um roteiro para tornar o trabalho mais dinâmico e tivemos que usar o disparo automático da câmera. O Eduardo regulava o equipamento e vinha correndo para a foto. Foi engraçado! Começamos a fotografar às 5 horas, mas até as 7, que é o período mais bonito, varia muito a iluminação. São extremos! Então ele tinha que regular a câmera o tempo todo. Não conseguimos muitas fotos, mas foi o suficiente”, conta Franciele.
Com o frio, a tarefa de fazer imagens perfeitas ainda passou pelo sufoco da noiva com seu vestido. A previsão para aquele dia era fazer 2º graus, mas eles acreditam que tenha chegado a 0° grau, pela experiência que têm. No horário combinado para as fotos, o nascer do sol, é ainda o mais gelado do que a madrugada, diz o casal. “Eu tive a sorte de poder usar uma blusa em baixo da camisa e um colete. Mas a Fran ficava de jaqueta até eu ajustar a câmera e enquanto eu me posicionava, ela jogava a jaqueta para longe e ficava pronta”, lembra Eduardo. “Depois de 20 minutos eu mal sentia os braços”, completa Franciele, brincando.
Cumplicidade
Franciele e Eduardo perceberam ainda outra vantagem no esporte que praticam: a oportunidade de conhecer muito melhor um ao outro. Passar bastante tempo juntos durante as caminhadas, desconectados do mundo e tendo somente o apoio um do outro, fortaleceu a união deles como casal. “São muitas horas caminhando sem celular e outras pessoas para dividir a atenção, a gente foca um no outro. Nesse período você conversa e surgem assuntos que nos fazem conhecer melhor. Dificuldades podem ser faladas de maneira mais aberta. Além disso entendemos mais do limite do outro, vemos as diferentes reações diante das mesmas situações e passamos a nos respeitar mais”, diz Franciele.
Confira algumas imagens do belo ensaio:
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