Na casa da família Moro, nada de Lava-Jato. Pelo menos, é o que diz a esposa do juiz, Rosangela Maria Wolff de Quadros Moro, em entrevista à Veja publicada na última quarta-feira (26/07). Nas famosas páginas amarelas da revista, a advogada de 43 anos relata como conheceu Moro, como o relacionamento se desenvolveu e como o casal e seus dois filhos vivem depois da fama do juiz – e garante: “Lá em casa, sou eu que mando. As rédeas estão comigo”.
“Como temos duas crianças, assim que ele chega em casa, elas passam a ser o centro das atenções. Não ficamos falando da força-tarefa. A gente se senta e assiste a um filme”, afirma Rosangela. “O máximo que o Sergio faz é trancar-se no escritório que tem em casa e ficar lá trabalhando. Mas nada do que ele faz ali resvala na sala, para as crianças”.
A advogada conheceu Moro quando ela era estudante e ele, professor, no último semestre da faculdade, na Universidade Federal do Paraná (UFPR). Os dois têm apenas dois anos de diferença de idade, mas a carreira do magistrado maringaense começou mesmo cedo.
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“No início, fiquei com muita raiva dele porque estávamos perto de concluir a graduação e só pensávamos em festa. E ele surgiu com uma série de exigências, muito severo, cheio de gás, apresentando teses dificílimas. Estudei dobrado para passar”, conta Rosangela.
Romance
Na época, ela tinha um namorado. Quando acabou o curso, porém, o namoro também terminou. Até que, numa festa, reencontrou Moro. “Engatamos uma conversa e descobrimos muitas afinidades. Em dado momento, chamei-o de professor e ele me pediu que não o chamasse mais assim”, conta Rosangela. Foi a deixa. “Virei a chavinha e comecei a olhá-lo com outros olhos. Nessa mesma noite, ficamos”.
Logo em seguida veio o namoro e, um ano depois, o pedido de casamento. Na mesma época em que se casaram, Moro foi promovido a juiz titular em Cascavel – a quase 500 quilômetros de Curitiba. “Recebíamos convites de políticos, do prefeito, de empresários e de toda sorte de gente, mas, para evitar conflitos de interesse, respondíamos sempre ‘não’. Era complicado ter vida social. Ficávamos em casa o tempo todo. Éramos eu e ele, ele e eu”, lembra a advogada.
Ela não se resignou, porém, a ser apenas “a esposa do juiz”. “Aluguei uma sala comercial e comecei a trabalhar feito louca como correspondente de escritórios de advocacia da capital. Fazia muito dinheiro”, conta Rosangela, que só parou de trabalhar durante as duas gestações. “E, mesmo assim, jamais pedi dinheiro ao Sergio. Sempre tive minhas reservas”, sublinha.
Confiança
Para Rosangela, a base de um relacionamento duradouro – os dois estão casados há 18 anos – é “respeitar o espaço do outro e querer vê-lo feliz”. “O Sergio gosta de dar aula todas as noites. Então não vejo problema se isso o faz feliz”, exemplifica a advogada.
“Ele também me empurra para a frente na vida. Somos um time. Jogamos juntos. Eu tenho um lema: aquele que não quer o seu bem e o seu crescimento não o ama. Mas também não vejo nada de errado na mulher que abre mão de uma profissão por causa de um relacionamento”, completa.
A confiança entre o casal é completa. “O Sergio é um homem muito certinho, prega bons exemplos, trabalha sempre com a verdade”, diz Rosangela, que afirma que ele seria o primeiro a lhe contar se acontecesse algum caso de assédio ao juiz. “Uma vez, estávamos em um restaurante e ele recebeu um bilhete com o telefone de uma mulher: ‘Me liga’, estava escrito. Ele me mostrou e demos risada”.
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