Quem quer que tenha visto Joseph e Christine Haeg juntos, provavelmente os viu de mãos dadas. O casal norte-americano de Mattituck, que esteve junto por 81 anos, morreu com poucos dias de diferença um do outro, justamente na semana do Valentine’s Day – o Dia de São Valentim, que muitos países comemoram como Dia dos Namorados.
Joseph, de 97 anos, e Christine, de 98, estavam internados no Centro Médico de Peconic Bay – a equipe de enfermagem os colocou no mesmo quarto e juntou os dois leitos para que eles pudessem sempre estar de mãos dadas. “Todo mundo no hospital só falava deles”, conta a filha, Mary Jo Haeg, à rede ABC.
A circunstância em que eles foram internados é curiosa: no domingo (10), Joseph disse à filha que queria ir ao hospital porque estava na hora de ele partir. “Todos temos que partir em algum momento e eu quero ir hoje”, disse ele. A esposa, que reclamava de dificuldades respiratórias, acrescentou que também gostaria de ir – e disse que se eles iriam morrer, ela queria ir primeiro.
Chegando ao hospital, Christine foi diagnosticada com insuficiência cardíaca congestiva. Ela nunca tinha tido problemas cardíacos. Na noite seguinte, dia 11, ela faleceu, segurando a mão do marido. “Eles repetiam: ‘Eu te amo, eu te amo’”, conta a filha.
Nas horas seguintes, a saúde de Joseph começou a piorar. Ele morreu na manhã de quinta-feira (14), bem no Dia de São Valentim. “Eu acho que é como se ele dissesse: ‘Estou indo, meu bem. Estou aqui para o Dia de São Valentim’”, afirma Mary.
“Em toda a minha vida, nunca os ouvi levantarem a voz um para o outro. Eles eram verdadeiramente apaixonados”, diz ela. Joseph e Christine se conheceram na adolescência, em uma festa de igreja. Eles se casaram alguns anos depois, em 1942, logo antes de Joseph ser enviado para lutar na 2ª Guerra Mundial.
Eles foram cremados juntos e serão sepultados juntos no Calverton National Cemetery no dia 5 de abril, que seria seu 77º aniversário de casamento. “Orei por anos para que, quando fosse a hora de eles partirem, que fossem juntos. Não queria para nenhum deles a dor de perder o outro”, conta a filha.
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